O ministro-adjunto do Comércio chinês, Chen Chunjiang, disse na terça-feira, numa conferência de imprensa, que cada um dos países convidados de honra – Brasil, Sérvia e Qatar – vai ter um pavilhão nacional na CIFIT, que decorre em Xiamen, na província de Fujian.
O programa da feira inclui, pela primeira vez, um evento dedicado à cooperação entre províncias chinesas e estados brasileiros, disse o diretor da Agência de Promoção do Investimento chinesa, sob a tutela do Ministério do Comércio.
Também na conferência de imprensa, Liu Dianxun revelou que a sessão conta com a presença de representantes dos governos de cinco estados do Brasil, assim como de associações dedicadas ao comércio entre os dois países.
Liu recordou que o Brasil é o maior parceiro comercial da China na América Latina e que há 14 anos consecutivos que a China é o maior parceiro comercial brasileiro.
Chen Chunjiang disse esperar que cerca de 80 mil comerciantes de quase 100 países e regiões e quase 40 representantes de governos estrangeiros estejam presentes na feira, realizada anualmente em Xiamen e que nesta edição terá uma área de exposição com mais de 120 mil metros quadrados.
A CIFIT vai ajudar [outros] países a partilhar as oportunidades no vasto mercado da China e ajudar a concretizar de forma plena o papel positivo da China como um grande país de investimento a nível mundial”, disse Chen.
O ministro-adjunto recordou que o Conselho de Estado, o executivo da China, publicou, a 13 de agosto, novas diretrizes para “intensificar esforços para atrair investimento estrangeiro”, numa altura em que a recuperação pós pandemia da economia chinesa desacelerou.
O Conselho de Estado admitiu que ainda é necessário mais trabalho para garantir que as empresas com investimento estrangeiro serão tratadas como de forma igual às locais, “reforçar a sua proteção” e “fornecer apoio fiscal e tributário”.
As empresas estrangeiras presentes na China têm pressionado as autoridades a reduzir os setores ou atividades proibidas ou restritas ao investimento estrangeiro.
Os governos e instituições da UE têm acusado Pequim de falta de reciprocidade no acesso das empresas europeias ao mercado chinês, alegando ainda que as empresas chinesas desfrutam de subsídios e muito mais liberdade para operar, investir ou comprar entidades na Europa.
A China alterou, em julho, a Lei de Contraespionagem para criminalizar a “colaboração com organizações de espionagem e seus agentes” e proibir a transferência de informações relacionadas com a segurança nacional.
Em maio, a polícia chinesa entrou nos escritórios de duas consultoras, a Bain & Co. e Capvision, e de uma empresa de diligência prévia, a Mintz Group.