Silvio Berlusconi, que esta segunda-feira morreu aos 86 anos, foi uma figura polémica cujos nove anos como primeiro-ministro de Itália foram marcados por acusações de corrupção e escândalos sexuais que culminariam na sua expulsão do Senado, em 2013, por suborno.
Nove anos depois, aos 86 anos, o multimilionário, empresário e político conservador italiano estava de volta à cena política italiana como senador e líder do partido que fundou, Força Itália, membro da coligação de direita e extrema-direita atualmente no poder – o primeiro Governo do país liderado por uma mulher de extrema-direita, a primeira-ministra Giorgia Meloni -, embora não ocupando qualquer cargo governamental.
No intervalo, entre julho de 2019 e outubro de 2022, ainda passou pelo Parlamento Europeu, de que foi o mais velho deputado, como membro do grupo do Partido Popular Europeu (PPE, democratas-cristãos).
O prestigiado cineasta italiano Nanni Moretti satirizou-o na longa-metragem “O Caimão” (2006), centrada nas dificuldades enfrentadas por um produtor e uma argumentista para arranjarem financiamento para um filme sobre Berlusconi, que ainda tentou travar a exibição, mas não conseguiu.
Também o cineasta italiano Paolo Sorrentino realizou, em 2018, um filme sobre o magnata, intitulado “Loro” e que, embora advertindo no princípio tratar-se de uma obra de ficção, retrata o segundo casamento de Berlusconi, com Veronica Lario (1990-2010), com quem teve três filhos, enquanto dava festas cheias de mulheres, e também as suas tentativas de se manter na política italiana.
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