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Xanana Gusmão vai ser primeiro-ministro e trabalhar com todos

O secretário-geral do CNRT manifestou-se hoje “100% otimista” que Xanana Gusmão seráo novo primeiro-ministro de Timor-Leste, com uma vitória folgada a 21 de maio, vincando que o partido vai trabalhar com todos.

“Timor precisa que todo o mundo vá trabalhar junto. Eu sei. Eu tenho um pouco de experiência. (…) 36 cadeiras garantidas [no Parlamento Nacional]. A contagem é conservadora, até”, disse à Lusa o secretário-geral do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), Francisco Kalbuadi.

“Timor é nosso, todo o mundo contribuiu para esta luta e [se] ganharmos a maioria isto significa que o povo acredita no CNRT. Mas o CNRT vai trabalhar com todo o mundo”, vincou, afirmando sobre Xanana Gusmão: “ele é primeiro-ministro, isso é indiscutível”.

Kalbuadi, que numa estimativa “conservadora” disse que o partido vai conseguir 36 das 65 cadeiras do parlamento, comentava assim declarações do Presidente timorense, José Ramos-Horta, que em entrevista à Lusa disse preferir que “haja um partido que ganhe com a maioria absoluta” no voto de domingo, mas que esse partido deveria trabalhar com outras forças políticas.

A equipa do CNRT está hoje a ultimar os preparativos para o comício de encerramento na quinta-feira, em Díli, depois de percorrer todo o país desde o início da campanha, a 19 de abril, deixando apelos a todos os simpatizantes que se mantenham tranquilos.

“Vamos tentar mostrar uma eleição com qualidade, um processo honesto e justo. Da nossa parte vamos tentar todo o possível, comunicar, apelar a todos os militantes e simpatizantes, à estrutura para criar estabilidade, criar paz. Este é o nosso país, não queremos ver nem um timorense de qualquer parte ou de qualquer partido a sofrer, [nem] especialmente violência”, vincou.

Sobre a votação, Kalbuadi disse ser o momento do povo fazer ouvir a sua voz sobre o futuro, insistindo que é essencial existir respeito máximo pelos resultados da votação.

“De cinco em cinco anos esta é a festa da democracia. O dono é o povo. Deixa lá o povo exercer a função dele, o direito dele. (…) Esta é uma festa da democracia, vamos celebrar”, afirmou.

“Ganhar ou perder, isso é a democracia. Respeitamos aquele que ganha e também nos respeitamos e amamos uns aos outros. Isso é que é importante”, vincou.

A última jornada de campanha, na quinta-feira, verá as duas maiores forças políticas concentradas na capital, depois de uma polémica sobre quem poderia encerrar os comícios no recinto de Tasi Tolu, em Díli.

A CNE acabou por atribuir o espaço de Tasi Tolu ao CNRT, mas a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) decidiu realizar minicomícios, ao mesmo tempo, noutros pontos de Díli.

Tal como tem ocorrido desde que os comícios das maiores forças políticas chegaram a Díli, no final da semana passada, efetivos da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) vão estar em grande número no terreno.

As operações visam manter a segurança, especialmente rodoviária, dado o grande número de militantes e apoiantes que se desloca para as zonas dos comícios.

Durante as operações já foram confiscadas centenas de motas de apoiantes de vários partidos por violações de regras da estrada, nomeadamente por circular sem capacete ou carta, motas sem matrícula ou com alterações irregulares.

A campanha termina oficialmente na quinta-feira, seguindo-se dois dias de reflexão.

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