Início » Escola Portuguesa de Macau celebra 25 anos e pensa alto

Escola Portuguesa de Macau celebra 25 anos e pensa alto

Mais de 40% dos alunos da Escola Portuguesa de Macau (EPM) têm outra língua materna, disse à Lusa o diretor da instituição, que celebra hoje os 25 anos, à espera de novidades sobre uma eventual expansão.

A EPM tem atualmente 713 estudantes de 20 nacionalidades, sublinhou Manuel Machado. “Em termos médios já estamos acima dos 40% de alunos de língua materna não-portuguesa”, sendo que a maioria destes são chineses com estatuto de residente e Macau, acrescentou.

O diretor da escola sublinhou a “grande diferença” em relação a 1998, altura em que a esmagadora maioria dos estudantes era portuguesa. “Existe uma maior diversidade cultural, o que é um fator de grande importância na formação dos jovens”, explicou.

Aquando da abertura, a EPM contava com cerca de 1.140 alunos, número que foi caindo, ao longo da década seguinte, para perto de 450, “fruto também da saída de muitas famílias portuguesas”, disse Machado.

A tendência inverteu-se por volta de 2008, altura em que “a escola começou a ser muito procurada por alunos de língua materna não-portuguesa”, referiu o líder da instituição.

Machado disse acreditar que os chineses de Macau querem que os filhos aprendam português “enquanto língua que poderá vir a ser útil no futuro quer no prosseguimento de estudos em Portugal quer no diz respeito à futura atividade profissional”.

O fenómeno “tem colocado um desafio à escola”, mesmo no que toca aos alunos vindos do Costa Nunes, o jardim de infância de língua portuguesa de Macau, admitiu o diretor da EPM.

“Há alunos que dominam perfeitamente o português, obviamente, mas também há outros com grandes dificuldades ainda no domínio da língua portuguesa”, disse Machado.

A escola criou uma oficina de filosofia, onde a língua portuguesa é de uso obrigatório, e um projeto de leitura orientada, ambos para “reforçar o ensino do português” aos novos alunos, cuja maioria é de língua materna diferente, sublinhou o responsável.

Com o aumento da procura, Machado reiterou que a EPM “precisa de mais espaço e as autoridades de Macau têm demonstrado uma grande abertura para apoiar a escola na criação desse espaço”.

Já este verão, a Direção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude de Macau vai apoiar obras de reparação e manutenção da instituição, para “que a escola esteja em perfeitas condições para funcionar no próximo ano letivo”, revelou o diretor da EPM.

O líder do Executivo de Macau parte hoje para Portugal, onde estará até 22 de abril, estando previstos encontros com o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.

Manuel Machado disse não saber se uma eventual expansão da EPM será um dos temas na agenda de Ho Iat Seng, mas disse que “gostaria de poder anunciar novidades o mais breve possível”.

*Com Lusa

Contate-nos

Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

Plataforma Studio

Newsletter

Subscreva a Newsletter Plataforma para se manter a par de tudo!