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PM de Cabo Verde anuncia pensões para familiares de militares mortos em incêndio

O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, anunciou hoje que serão atrbuídas pensões para os familiares dos oito militares que morreram num acidente durante o combate a um incêndio.

“No Conselho de Ministros de amanhã [terça-feira], aprovarei a atribuição de pensões às famílias dos militares falecidos como fizemos relativamente ao acontecimento de Monte Tchota [militar que matou a tiro outros 11 em 2016]”, anunciou Ulisses Correia e Silva após visitar a área do incêndio, na Serra da Malagueta, Tarrafal, e os feridos na sequência do mesmo acidente de viação internados no hospital da Praia.

“Prometo apoiar não só as famílias afetadas, mas também os agricultores e criadores de animais cuja produção foi atingida pelo incêndio. Este é um momento de comoção e solidariedade, e reconheço o esforço incansável dos bombeiros, proteção civil e militares no combate a este incêndio”, afirmou ainda.

“Unidos, Cabo Verde superará este momento”, acrescentou, destacando “a bravura dos militares, agentes da proteção civil, bombeiros e civis que lutaram contra as chamas”.

O número de vítimas mortais devido ao acidente de viação ocorrido no domingo durante o incêndio na Serra da Malagueta, ilha cabo-verdiana de Santiago, subiu para nove, com a morte de um técnico daquele parque natural.

De acordo com fonte do Ministério da Agricultura e Ambiente de Cabo Verde, a nona vítima mortal é um técnico do Parque Natural da Serra da Malagueta, e o óbito resultou igualmente do acidente com um camião das Forças Armadas cabo-verdianas.

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Dez militares tiveram de ser assistidas no hospital da capital, mas dois já tiveram alta médica, segundo a direção hospitalar.

O gabinete do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Cabo Verde tinha referido inicialmente sete mortos no acidente com a viatura militar, que ocorreu pelas 17:20 (19:20 de domingo em Lisboa) e na qual seguiam os operacionais destacados para a missão de apoio ao combate aos incêndios que deflagraram na Serra Malagueta e Figueira das Naus, a cerca de 50 quilómetros a norte da cidade da Praia.

Entretanto, esse número foi atualizado para oito militares, além de vários feridos graves, além do técnico do Ministério do Ambiente.

“Informa-se ainda que foi acionada, de imediato, toda a equipa de saúde das Forças Armadas para prestar apoio aos serviços de saúde que receberam os sinistrados. Neste momento, estão sendo identificadas as vítimas mortais por forma a efetuar a comunicação aos familiares das mesmas e prestar todo o apoio necessário”, acrescentou-se no comunicado anterior.

O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, anunciou, ao início da noite de domingo, que o Governo “decidiu decretar dois dias de luto nacional em memória às vítimas” deste acidente.

De acordo com fonte do Serviço Nacional de Proteção Civil de Cabo Verde, o incêndio deflagrou no sábado, pelas 10:30 (12:30 em Lisboa), atingindo a Serra Malagueta, Figueira das Naus e Fundura.

Na tarde de domingo, as chamas, entretanto controladas, chegaram a ser combatidas por 200 operacionais de praticamente todas as corporações de bombeiros da ilha de Santiago, bem como por militares das Forças Armadas, apoiados por dois veículos pesados de combate a incêndios, quatro ligeiros de combate a incêndios e três ambulâncias.

O incêndio obrigou à retirada de dez famílias da localidade de Figueira das Naus e provocou cinco vítimas ligeiras e uma em estado grave, todas transportadas para o hospital.

Também o Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, que se encontra em visita oficial aos Estados Unidos, manifestou “imensa consternação perante o incêndio que já consumiu uma área substancial do perímetro florestal da Serra da Malagueta, tendo originado ainda a perda de vidas humanas”.

“Entende o chefe de Estado que todo o país está perante uma enorme provação e uma profunda tristeza. O Presidente da República exprime as suas mais sentidas condolências às famílias das vítimas mortais, desejando que encontrem forças para fazer face a este momento de profunda perda e sofrimento no seio familiar”, indicou, num comunicado da Presidência da República.

“O chefe de Estado saúda os ingentes esforços que, desde muito cedo, vêm sendo consentidos em ordem a debelar este incêndio de proporções trágicas para a nossa realidade, bem como apela ao sentido de união de toda a nação para a solidariedade que se impõe”, acrescentou.

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