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“Abertura da China foi desnecessariamente abrupta”

Andreia Sofia Silva

O epidemiologista português encara o fim da política de zero covid na China com alguma apreensão e argumenta que a abertura faseada teria sido mais prudente. Manuel Carmo Gomes acredita que a possibilidade de surgir uma nova variante “é baixa”, mas que a incerteza é um factor incontornável e motivo de cautela

Como encara a abertura súbita da China em relação à covid-19, eliminando de uma assentada praticamente todas as restrições?

Manuel Carmo Gomes – A abertura da China a 7 de Dezembro pareceu-me desnecessariamente abrupta. A China teve grande sucesso na contenção da circulação do vírus até Outubro, apostando nos confinamentos e na testagem em massa. Em consequência, relativamente poucas pessoas foram infectadas.

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