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Japão admite responder a lançamento de mísseis norte-coreanos

Governo japonês considera “uma provocação” a frequência de lançamento de mísseis da Coreia do Norte.

O chefe da diplomacia japonesa considerou esta sexta-feira “uma provocação” a frequência de lançamento de mísseis pela Coreia do Norte, na sequência do último disparo de um míssil balístico de curto alcance para o mar do Japão.

Os lançamentos frequentes de mísseis são “provocadores e indicam que estão a virar as costas à comunidade internacional”, disse Yoshimasa Hayashi, em conferência de imprensa.

“Por isso, condenamos estes atos e estamos a considerar uma resposta”, avisou.

A Coreia do Norte lançou um míssil balístico de curto alcance na direção do mar do Japão, chamado mar de Leste pelas duas Coreias, no nono lançamento efetuado nos últimos 20 dias, o que representa mais um passo na escalada da tensão na região.

Este último lançamento ocorreu apenas uma hora depois de pelo menos dez aviões norte-coreanos terem realizado manobras perto da fronteira com o Sul, forçando Seul a destacar aviões para uma possível manobra de interceção. Na quinta-feira, Pyongyang tinha anunciado a realização de um outro teste de mísseis de cruzeiro na direção do mar Amarelo.

Em resposta, Seul anunciou também as primeiras sanções, em cinco anos, contra a Coreia do Norte, afetando 15 indivíduos e 16 entidades norte-coreanas, incluindo quatro membros da Segunda Academia de Ciências Naturais, uma organização estatal norte-coreana que a ONU diz ser responsável pela investigação e desenvolvimento de armamento avançado.

Hayashi disse que Tóquio apoia a decisão de Seul, mas não indicou se o Japão ia seguir o exemplo e aplicar novas sanções contra o regime.

O Governo japonês vai trabalhar com a comunidade internacional, especialmente a Coreia do Sul e os Estados Unidos, para ver qual deve ser o próximo passo, acrescentou.

Neste sentido, o porta-voz do Governo nipónico, Hirokazu Matsuno, salientou que o Japão está a observar os movimentos militares da Coreia do Norte, mas escusou avançar quaisquer pormenores “para que não seja possível avaliar a capacidade de contra-ataque”.

O regime de Kim Jong-un está a realizar testes, desde 25 de setembro, aos sistemas táticos de armas nucleares, em resposta a manobras recentes de um porta-aviões norte-americano nas águas ao largo da península coreana.

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