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“Ainda há quem troque sexo por comida” em Cabo Delgado

Em Moçambique, ainda existem relatos de violência, fome e de quem se veja forçado a trocar sexo por comida. Há um ano o Estado Islâmico reivindicou o controlo de Cabo Delgado.

“Vão ser necessárias duas ou três décadas para resolver este conflito”, prevê João Feijó, da ONG moçambicana Observatório do Mundo Rural. A província de Cabo Delgado está mais segura desde que as forças internacionais entraram no terreno, em junho, defende, mas alerta que a violência mantém-se e os rebeldes passaram a atacar aldeias mais remotas. “O grupo de insurgentes reorganizou-se, espalhou-se em pequenas unidades e atacam populações isoladas para conseguirem logística, alimentos, raptam jovens e mulheres para reforçarem as fileiras, roubam e destroem as aldeias”.

Os testemunhos de violência e abuso de poder continuam a ser uma realidade. “Há muitas situações de oportunismo, pessoas nas listas da ajuda humanitária, mas que na verdade não são deslocados. Outros vendem as senhas de alimentação… E há histórias de troca de sexo por comida”. No último mês, o programa Alimentar Mundial, que coordena a ajuda alimentar na região, alertava para a falta de comida, problema que se agravou com a guerra na Ucrânia. “Isto vai provocar uma crise alimentar e as populações mais pobres, em zonas periféricas serão sempre vítimas deste processo”.

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