
Um dos projectos mais ambiciosos da ciência, a descodificação do genoma humano teve as primeiras sequências publicadas em 2001, concluindo-se em 2004.
Foi como aceder a todas as letras que compõem o manual de instruções de um ser humano, porém tão ou mais importante que conhecer as letras falta agrupá-las em palavras e numa narrativa.
No final do século XX li um livro de Michio Kaku (co-fundador da teoria das cordas) intitulado “Visões” que anunciava “como a ciência revolucionará o século XXI”. É uma especulação fundamentada nas pesquisas de destacados cientistas daquela época, empreendendo uma viagem às tecnologias do futuro onde diferentes disciplinas laborariam em estreita colaboração. Há muito que consumo divulgação científica e fui percebendo que as mudanças obtidas através do conhecimento científico tornam-se notadas somente quando afectam o quotidiano. Parece que após os cientistas descobrirem um pixel da imagem de Deus a informação é vertida para uma app onde as grandes corporações ganham rios de dinheiro a entreter-nos, e o verdadeiramente interessante da descoberta fica reservado à exploração por um restrito grupo sem que entendamos o propósito. Algum contribuinte dos 23 Estados membros (Portugal incluído) tem noção do que faz o CERN (Organização Europeia para a Investigação Nuclear) com 1130 milhões de francos suíços por ano?
Particular entusiasta da cosmologia habituei-me à desilusão de ver o seu potencial para tocar positivamente as nossas vidas diluir-se em desvios motivados por circunstâncias políticas ou socio-económicas; os anos 80 são um exemplo de como a tecnologia espacial se direccionou quase em exclusivo para objectivos militares. Assim o que mais retive do livro “Visões” foi a informação relativa à iminente descodificação do genoma que, no típico tom optimista do autor, explicava como permitiria controlar doenças genéticas e muitos tipos de cancro, como a realidade virtual, a robótica e a nano-tecnologia providenciariam formas de nos tornar praticamente sobre-humanos. Kaku também alertava, ainda que por descargo de consciência, para o incorrecto uso deste conhecimento. O aviso não constituía o propósito do livro elaborado por uma mente esperançada com o progresso no contexto do final do século XX, contudo deixaram-me deveras preocupado; desconhecer em que termos e quem acede ao painel de controlo de tanta matéria sensível não augura boas perspectivas. É natural que ainda só conheçamos meia-dúzia de palavras dos milhões de letras do manual genético mas passadas duas décadas muitas das fantásticas possibilidades continuam por materializar à luz da percepção comum. Não julgo que seja um problema de comunicação da ciência, na verdade estão a ser usadas só que na versão mais sombria.
Tirando as organizações de interesses alegadamente públicos, a maior parte dos cientistas trabalham para instituições privadas; e como estas se financiam? Através da especulação no mercado financeiro ou da venda de produtos de consumo. A ética do cientista frequentemente vive refém da reputação no seio da comunidade científica e da manutenção do posto de trabalho. Ser enganado quanto aos propósitos finais do seu contributo ou fechar os olhos para ganhar o sustento vão dar ao mesmo. O que poderemos esperar do objecto científico de empresas? Muita coisa mas acima de tudo o lucro. O lucro constitui-se de um conjunto de vertentes, não só o enriquecimento material mas igualmente ganhos acerca de mecanismos de controlo do consumidor.
Deixemo-nos de floreados: todas as empresas privadas visam o lucro, mesmo as que prestam “nobres” serviços públicos, sem lucro não há serviço, o serviço é o veículo para o lucro. Vejamos o caso de Paços de Ferreira: há 18 anos o município cedeu a concessão das águas a um grupo privado que no entremeio foi vendido a uma holding, conhecida como fundo de investimento abutre. A câmara já os indemnizou em milhões de euros devido às expectativas de crescimento não terem sido alcançadas, neste momento o fundo exige 150 milhões de euros de compensação, e o preço da água é o mais caro do país. Caso os pequenos comerciantes não atinjam um consumo mensal mínimo de 1000 litros pagam a tarifa máxima de saneamento, portanto muitos optam por abrir as torneiras e desperdiçar água, sai mais barato…
Capítulo 1 da hibridização – Tudo nos é vendido como melhor, simples e mais eficiente todavia de há pelo menos duas décadas para cá, a qualidade de vida decresceu. No princípio da década de 90 aprovou-se uma substância geneticamente modificada para a produção de queijo, em 1994 foi o tomate transgénico; a partir daí veio a soja, o milho, a canola, etc, etc, e em 2013 85% do milho, 91% da soja e 88% do algodão produzidos nos Estados Unidos eram geneticamente modificados. Os alimentos geneticamente modificados (AGM) surgiram com a promessa de resolver o desafio da fome no mundo, de tornar mais baratos os custos de produção e de reduzir o uso de agrotóxicos. Alguém ficou bem servido? Sim, quem produz os AGM. Entretanto segundo a wikipedia uma série de estudos independentes tem alertado que a facilidade com que as instâncias governamentais de alguns países libertam esses produtos para consumo resulta do lobby político e económico e não vai de encontro aos critérios científicos de biossegurança. Outros estudos apontam uma série de problemas para o ser humano e para o meio ambiente que podem derivar do cultivo e consumo dos AGM, como reacções alérgicas, intoxicações, formação de tumores, declínio da biodiversidade, contaminação genética e vários outros. Não admira que de repente tenham aparecido, por exemplo, milhões de intolerantes ao glúten, nos quais me incluo, gerando um apetecível nicho de mercado nos países ricos. Como se este filme de terror não bastasse os AGM estão patenteadas em nome de uma empresa que detém 70% da produção mundial, na década de 30 financiou a ascenção de Hitler ao poder, utilizava trabalho escravo, os escravos como cobaias nas experiências em novos medicamentos e vacinas, fabricando ainda o infame gás Zycklon B. Porque não há memória nem vergonha hoje andamos a comer alimentos de medíocre qualidade, potencialmente nocivos, e com direitos de autor… Os produtos são híbridos, não têm semente, e sempre que se pretende voltar a semear é preciso adquirir o produto patenteado. O modelo de “renda perpétua” aplicava-se no sistema financeiro desde há séculos, expandiu-se globalmente a partir do século XIX por influência de uma família alemã, não convindo que o devedor vá à falência nem que pague as dívidas. Sabendo disto achei divertido o folclore montado à volta do colapso do Estado grego em 2010, quando se ameaçou correr com o país da UE abandonando também o euro, como se alguma vez fosse o desejável. Interessa é manter a união monetária, fornecer crédito que acorrenta geração após geração ao seu pagamento, que a dívida seja virtualmente eterna. Mais recentemente a via para a globalização/controlo mundial conheceu um salto quântico com a criação da cripto-moeda. Que percentagem da população sabe o que é e como funciona? Pois, quase ninguém, mas este estranho sistema virtual governar-nos-á no futuro.
Capítulo 2 da hibridização – Já existira a ameaça de pandemia de gripe das aves e gripe suína que acabaram por ter pouca expressão. Em 2019 veio a pandemia de covid e o mundo andou um ano em pânico. Foi o tempo de sofrimento necessário para abraçarmos a solução mais simples e eficaz, a desejada vacina. As primeiras vacinas que utilizavam o método tradicional de inoculação de uma pequena dose do próprio vírus “adormecido” levando o organismo a reagir foram arrasadas na opinião pública; relataram-se casos de reacções adversas e cedo caíram em desgraça, o que talvez por acaso abriu caminho às vacinas que actuam manipulando o ADN, chamadas RnA. Curiosamente o laboratório que as desenvolveu é alemão, pertence a uma holding (mais um fundo ao género do que explora as águas de Paços de Ferreira) e também curiosamente as primeiras vacinas desapareceram do espectro mediático tal como as reacções adversas das segundas, tudo em favor do foco na vacinação massiva com uma tecnologia que ao que consta foi testada em meses! Releiam a citação sobre a manipulação genética nas plantas: uma série de estudos independentes tem alertado que a facilidade com que as instâncias… Não pretendo colar o mal a uma nacionalidade concreta, o antropólogo americano Ernest Becker diz que “a dinâmica do mal é devida fundamentalmente à negação da condição de criatura”. Estou sim a sugerir que esta dinâmica se assemelha à de um grupo étnico indo-europeu que estabeleceu o sistema de castas na Índia; é a noção de casta superior de algumas criaturas em relação a outras que tem permitido o aparecimento de doutores Mengeles.
Enfim, a hibridização chegou em força aos próprios humanos e é natural que a aceitemos, já aceitáramos a dos alimentos. Se antes éramos apenas consumidores, ao doar o próprio corpo tornámo-nos identicamente matéria-prima e produto. A figura máxima de uma religião baseada num livro que há quase 2000 anos adverte para este perigo considerando-o ser obra da besta, diz que doar-lhe o corpo é “um acto de amor”… Se formos por aí tenho a sorte de o meu tipo de sangue (ainda) resistir a ser clonado, logo por respeito a essa dádiva nunca adorei criações humanas e restrinjo “actos de amor” às criações naturais, cada vez mais um fardo que não obstante carrego com muito gosto. As vacinas RnA são mais eficazes que as tradicionais? Não sei, podem ser, contudo o método é altamente discutível; os fins justificam os meios? Recordo novamente que os alimentos geneticamente modificados surgiram com a promessa de resolver o desafio da fome no mundo, de tornar mais baratos os custos de produção e de reduzir o uso de agrotóxicos. Já se percebeu que não acabaram com a fome no mundo nem a vacina acabou com a pandemia, então qual é o propósito?
Em Janeiro de 2020 eu e o núcleo familiar tivemos os sintomas que mais tarde deduzimos serem de covid; passámos mal e recuperámos. Centrei a minha atenção num rigoroso reforço diário do sistema imunitário e jamais sequer me constipei. Passei ao lado da vacinação, os outros têm todas as doses, o mês passado infectaram-se com a variante omicron, e quanto a mim só me falta lamber corrimões. Aproveitei para fazer um teste sorológico que já fizera no ano passado com os mesmos resultados: possuo anti-corpos para o covid. Obviamente todos os organismos diferem, mas dá ideia que o meu método impediu novas infecções, e pelo contrário a vacinação não impediu.
Considerando os modi operandi acima descritos permitam-me a seguinte especulação. Primeira parte: roubar-nos. E se as vacinas RnA estiverem a inibir o organismo de produzir anti-corpos? E se as continuadas doses estiverem a destruir em definitivo essa capacidade tornando-nos clientes regulares da vacina? Segunda parte: descartar-nos. E se essa inibição/destruição escancarar as portas a novas doenças contra as quais o organismo já nem reage de todo? E se a esterilidade dos produtos agrícolas híbridos se manifestar nos humanos? No caso de se confirmar esta sequência então podemos afirmar que mais do que experiências de aprendiz de feiticeiro estamos perante um plano eugénico, a derradeira vitória do nazismo.
*Músico e embaixador do PLATAFORMA