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PIB de Hengqin cresceu 8,5 por cento em 2021

Meimei WongMeimei Wong

O sumário do desempenho económico da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, revelado pelas autoridades chinesas, refere que o Produto Interno Bruto (PIB) da região atingiu os 45,463 mil milhões de yuan no ano passado, representando um crescimento anual de 8,5 por cento. Esta evolução foi superior à registada na China Continental, na província de Guangdong e em Zhuhai (0,4, 0,5 e 1,6 por cento, respetivamente).

O crescimento médio de Hengqin ao longo dos últimos dois anos foi de 6,3 por cento. Já a receita fiscal acumulada desde a criação da Zona de Cooperação, atingiu os 2,576 mil milhões de yuan. Em 2021, a receita do orçamento geral público alcançou 10,868 mil milhões, com um crescimento anual de 14,3 por cento. Os gastos do orçamento geral público foram de 12,406 mil milhões, representando um aumento de 11,7 por cento em relação a 2020. O desenvolvimento económico da região tem funcionado a um ritmo “geralmente estável”, segundo referem as autoridades chinesas.

Contudo, a taxa de crescimento de alguns indicadores económicos relevantes tem diminuído devido à comparação com números mensais que foram superiores em 2020, em conjunto com um choque da oferta e fracas previsões.

Wang Sen, professor na Escola de Comércio Internacional da Universidade de Jinan, sublinhou que a principal função de Hengqin é diversificar as indústrias de Macau, com uma estrutura industrial virada para o exterior. É por isso normal que “os resultados sejam inferiores ao esperado com as atuais mudanças no ambiente internacional e com o impacto da pandemia”, referiu o académico à Southern Finance Omnimedia.

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Um destes exemplos menos conseguidos prende-se com o valor acrescentado de indústrias com receita superior a 20 milhões de yuan, que alcançou 318 milhões de yuan e uma descida anual de 11,2 por cento. O investimento industrial, de desenvolvimento imobiliário e de infraestruturas representam 1,9, 66,8 e 9,3 por cento do investimento da região, com uma taxa de crescimento anual de -13,3, 146,6 e -36,5 por cento, respetivamente.

No entanto, os mesmos dados provam também que uma série de indicadores económicos da região melhoraram significativamente nos últimos tempos. No ano passado, o volume de liquidação do uso transfronteiriço do yuan em Hengqin foi de 232,118 mil milhões de yuan, representando um crescimento anual de 47,9 por cento, e de 10,3 por cento no valor anual acrescentado do setor financeiro.

O economista acredita que o crescimento é fruto das políticas implementadas na região que foram encabeçadas pelo Governo Central. Uma das estratégias em Hengqin é criar um novo espaço onde os residentes de Macau possam viver e trabalhar. Desta forma, considera Wang Sem, o mercado imobiliário “não está aberto à especulação”, sendo que estas habitações se destinam, por exemplo, a empresários de Macau.

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O mesmo académico considera que o mercado imobiliário na Zona de Cooperação não pode ser comparado ao de outros locais. No final de dezembro, o saldo de depósitos em moeda nacional e estrangeira em instituições financeiras com investimento estrangeiro atingiu os 160,548 mil milhões de yuan, ou seja, um crescimento anual de 15,1 por cento.

Já o saldo de empréstimos em moeda nacional e estrangeira através de instituições bancárias chinesas e estrangeiras atingiu os 141,767 milhões, com um crescimento anual de 32,7 por cento. O comércio internacional na região, em 2021, continuou a acelerar. O volume de importações e exportações atingiu 31,466 mil milhões de yuan, com um crescimento anual de 53,3 por cento. O total de exportações rondou os 13,98 mil milhões, (uma subida de 52,2 por cento em relação a 2020).

O total de importações atingiu os 17,486 mil milhões, uma evolução de 54,1 por cento comparativamente ao período homólogo. Wang Sen considera que o crescimento significativo do comércio internacional “prova que as bases de uma economia orientada para a exportação em Hengqin já foram criadas, sendo agora possível continuar a desenvolver e fortificar esta estrutura no futuro”.

O projeto geral propõe ainda a construção de um centro de comércio internacional sino-português e uma plataforma internacional para comércio eletrónico, promovendo a digitalização do comércio tradicional. Foram também implementadas medidas para diminuir os requisitos, taxas de participação acionistas e restrições de entrada na indústria para todo o tipo de investidores na região.

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