As emissões de dióxido de enxofre do vulcão aumentam, mas sem representar riscos para a saúde, dizem as autoridades
Na ilha espanhola de La Palma a abertura de uma nova boca eruptiva do Cumbre Vieja marca esta sexta-feira e o fim de mais uma semana de atividade vulcânica. “Não é uma boa notícia porque é possível que novas infraestruturas sejam afetadas”. Quem o diz é Manuel Nogales, delegado do Conselho Superior de Investigações Científicas nas Canárias.
Terá sido durante a madrugada, por volta das 02:00, que surgiu esta nova boca eruptiva, paralela à principal, 400 metros mais a norte, originando um novo fluxo de lava, de acordo com a Televisão Canárias, o que representa um novo foco de preocupação. Trata-se de uma boca eruptiva “muito efusiva”, considerou o Instituto Geológico Nacional.
Regista-se também, desde quinta-feira à noite, um aumento de emissões de dióxido de enxofre do vulcão, que não representa riscos para a saúde pública, indicam as autoridades.
Ainda assim é recomendado o uso de máscaras FFP2 nas zonas mais afetadas, “especial atenção às pessoas vulneráveis”, que devem evitar os espaços ao ar livre, diz o serviço de emergência Canárias 112.
Isto numa altura em que mais de mil edifícios (1005) já foram afetados pelo vulcão Cumbre Vieja – 870 foram destruídos – segundo a avaliação mais recente do Copernicus, sistema europeu de satélites para monitorização terrestre.
Aliás, o Programa de Observação da Terra da União Europeia mostra agora uma imagem captada a partir do espaço do vulcão e do caminho que a lava encontrou até ao Oceano Atlântico.
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