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PR timorense pede unidade, responsabilidade e bom senso no combate à doença

Lusa

O Presidente timorense pediu hoje “unidade nacional” e “responsabilidade e bom senso” no combate à covid-19, ao defender a extensão do estado de emergência para permitir uma melhor resposta à pandemia

“Uma vez mais é chegado o momento de todos nós darmos o nosso contributo, com elevado sentido de responsabilidade, bom senso e respeito para com o povo timorense e a humanidade. Todos teremos de ser responsáveis por nós e por todos os outros, defensores do valor maior que é a vida”, afirmou Francisco Guterres Lú-Olo.

“Vivemos um momento de unidade nacional que chama pelo esforço e sacrifício de cada um de nós. Todos, mulheres, homens, jovens, adultos, timorenses e estrangeiros, somos chamados a cumprir com o nosso dever perante o povo timorense e perante toda a humanidade. Juntos vamos vencer”, salientou.

A mensagem de Francisco Guterres Lú-Olo foi feita no pedido de autorização enviado ao parlamento nacional para a renovação do estado de emergência, durante mais 30 dias, até 01 de junho, atualmente em debate no plenário.

“Se a população pode não ter plena consciência dos riscos em que incorre por não cumprir com as normas elementares de segurança, nem ter consciência da necessidade fundamental de respeitar as regras de quarentena, as senhoras deputadas e os senhores deputados não o podem ignorar”, escreveu o chefe de Estado.

O chefe de Estado considerou que a renovação do estado de emergência por mais 30 dias se justifica porque, comparativamente aos meses anteriores, “são agora ainda mais graves e preocupantes os riscos de transmissão do vírus em Timor-Leste”.

Apesar do aumento de casos e de já existir registo de transmissão comunitária em Díli, Lú-Olo lembrou que “ainda há pessoas que não acreditam na existência do vírus”.

Porém, para a população timorense “com problemas de saúde e com graves níveis de subnutrição, a taxa de mortalidade ligada à covid-19 poderá ser muito elevada”, considerou.

Especialmente preocupante, é o potencial impacto de outras estirpes do vírus e a possibilidade de representarem um maior risco de transmissão, acrescentou.

Este pedido de extensão do estado de emergência quer “assegurar para o Governo, tal como no passado, os meios legais necessários para poder continuar a intervir rapidamente na prevenção e no combate” à covid-19 no país, lembrou.

“O desafio está a ser enorme, mas temos de lutar todos os dias. A fadiga ou o desânimo, tal como o vírus, não nos podem vencer. O caminho está a ser longo e temo que continue a ser longo. Porém, não devemos e não vamos desistir da nossa luta”, sublinhou.

“Não podemos, pois, baixar a guarda. Não podemos deitar por terra os sacrifícios de todo o país já manifestados ao longo deste período de um ano”, reiterou.

O Presidente timorense defendeu que se continuem a aplicar “medidas de prevenção e de combate do contágio do vírus”, incluindo em relação a pessoas que morrem infetadas com a covid-19, e que o Governo tem que ter instrumentos para “prevenir e reduzir” a transmissão no país.

Além de medidas de controlo de entradas no país, o chefe de Estado considerou que se devem manter regras de acesso a serviços públicos e estabelecimentos comerciais ou de prestação de serviços, e de “proibição da realização de eventos sociais, culturais e desportivos que impliquem a aglomeração de pessoas, incluindo continuação da suspensão dos processos de ensino ou aprendizagem em regime presencial”.

“As atividades religiosas presenciais de dimensão coletiva já recomeçaram. Por um lado, como crentes, as referidas atividades são necessárias, mas temos de continuar a ter preocupação também sobre os possíveis riscos decorrentes dessas atividades em caso de as regras de prevenção em vigor não serem observadas”, afirmou.

Timor-Leste conta atualmente 1.073 casos, com um total de 2.048 infeções registadas desde o início da pandemia.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.122.150 mortos no mundo, resultantes de mais de 147,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.970 pessoas dos 834.991 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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