Europa tem margem para dar mais apoios e não a usa, diz a OCDE. Segundo a sua economista-chefe, apoios do governo dos EUA geram uma retoma sete vezes maior que no caso europeu.
A bazuca de apoios públicos dos Estados Unidos para ajudar a retoma da economia é três vezes maior em valor absoluto (e o dobro quando medida face ao PIB ou produto interno bruto) que o conjunto de apoios da zona euro, revela um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), divulgado na terça-feira.
De acordo com estas previsões intercalares da OCDE, o governo dos Estados Unidos tem em marcha (medidas no terreno até final de dezembro mais as anunciadas em janeiro e fevereiro) um pacote de estímulos orçamentais que equivalente já a mais de 13% do PIB do país.
Pelas contas de Laurence Boone, a economista-chefe da organização sediada em Paris, o plano que se pode atribuir aos 19 membros da zona euro vale cerca de metade, comparando com o homólogo dos EUA. Não vai além de 6,8% do PIB da zona euro.
Ou seja, segundo cálculos do Dinheiro Vivo, o pacote norte-americano rondará uns expressivos 2,3 biliões de euros (a preços de 2020, dados da Comissão Europeia). A resposta da zona euro rondará 765 mil milhões de euros. É menos de um terço do plano americano.
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