Início Opinião Orgulho não é complacência

Orgulho não é complacência

David ChanDavid Chan*

No discurso de posse da presidência dos EUA, Joe Biden afirmou que o país está mais forte após as experiências passadas, e que irão reparar e reativar as alianças mundiais.

Com mais de uma dezena de ordens assinadas apenas no primeiro dia no cargo, consegue sentir-se a urgência de Biden em redirecionar os Estados Unidos. Algumas das medidas incluem planos para resgatar a economia americana e lidar com o impacto direto da pandemia sobre a população.

Segundo algumas fontes, o novo Governo irá no espaço de um mês por em prática um estímulo fiscal de 1,9 mil milhões de dólares. O presidente quer assim oferecer à população alguma esperança de que a economia irá recuperar e de que o país irá voltar a liderar o mundo. Porém, enquanto está ocupado a reanimar o espírito americano, um artigo do Wall Street Journal intitulado “Enquanto a economia chinesa evolui, os consumidores ficam para trás”, está a receber atenção. Neste artigo, o jornal afirma que o crescimento económico chinês continua positivo e que é esperado que o país ultrapasse os EUA e outras grandes economias ainda este ano.

Em termos de resultados económicos em 2020, o crescimento e a capacidade de recuperação da China superou a de qualquer outro país. Todavia o consumo nacional não mostra a mesma tendência, com o número anual de vendas comerciais a descer 3,9%.

Mesmo assim, alguns analistas previam que o PIB chinês ultrapassasse o dos EUA até ao ano de 2020, e de facto foi anunciado recentemente que o PIB do país em 2020 excedeu os 100 biliões. É uma figura altamente difícil de atingir, apenas possível depois do combate nacional contra a pandemia e a pobreza. Em 1952 o PIB era de apenas 67,9 mil milhões, e tendo atingido agora os 100 biliões os chineses merecem estar orgulhosos deste feito sem precedentes.

No entanto, este número representa apenas 70% da economia americana, ou seja, existe ainda uma grande discrepância entre as duas. Não podemos ser complacentes em relação a estes números. Ainda há um longo caminho a percorrer até chegar à dimensão dos EUA. Não nos devemos deixar levar por elogios exteriores. O importante é continuar a olhar para frente e dar o nosso melhor.

*Editor Senior

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Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

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