Reportagem: A logística para a distribuição da vacina em Portugal

Operações com esta dimensão nunca foram preparadas, e “o produto que está em causa tem muitas especificidades porque tem de ser conservado ao longo de toda a cadeia de abastecimento”.
Não vai ser fácil montar uma operação para fazer a distribuição de um produto que requer tantos cuidados como as novas vacinas contra a Covid-19.
Vai ser preciso um planeamento rigoroso para montar uma cadeia bem oleada que permita fazer com rapidez e eficácia a distribuição das vacinas, explica Ana Paula Barroso, docente do Departamento de Engenharia Mecânica e Industrial da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
A investigadora explica que “o produto que está em causa tem muitas especificidades porque tem de ser conservado ao longo de toda a cadeia de abastecimento. Desde que é produzido até que chega ao utente. O volume de produto que é necessário distribuir é muito elevado” e, para além disso, adianta, “é preciso rapidez na distribuição dada a necessidade de as vacinas chegarem a todos os pontos do planeta”.
Operações com esta dimensão nunca foram preparadas e, por isso, sublinha, “é necessário fazer um planeamento rigoroso, é necessário saber se existem instalações para manter o produto à temperatura necessária. Julgo que não existem tantas quanto isso. Caso não haja, é necessário adapta-las. Tudo isso leva tempo. Quanto tempo? Não sei. Não lhe consigo dizer”, acrescenta.
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