
Mesmo com Joe Biden a declarar-se vencedor das eleições presidenciais de 2020 nos EUA, o candidato do partido Republicano, o atual presidente Donald Trump, alega que nada está decidido e que irá fazer uso do poder legal até ao fim.
Parece que Trump é um homem que se recusa a declarar a derrota e que irá ficar no poder até alguém o arrancar de lá.
Na possibilidade de isto se tornar realidade, não é de admirar que no dia anterior às eleições tenha havido uma corrida às armas, especialmente tendo em conta que grande parte dos apoiantes de Trump são grupos armados e houve no passado ataques a governadores que se opuseram à sua Administração.
Estas eleições vieram expor os conflitos sociais do país causados pelos quatro anos do governo de Trump.
Depois de o presidente acusar, através das redes sociais, que a contagem de votos foi fraudulenta, apoiantes saíram à rua em protesto, o que poderia ter resultado em revoltas e, juntamente com a notícia da derrota de Trump, ser desastroso. Se estes conflitos se transformarem em rutura social, será o colapso da democracia americana e um enorme golpe no país.
Atualmente, apesar de Trump se recusar a admitir a derrota e querer iniciar uma batalha legal contra o lado democrata, no final de contas ambos os partidos irão usar guerras externas para resolver a divisão interna e possíveis conflitos armados. Resta apenas a questão de saber quais os países que serão os alvos. Podemos por isso afirmar que ambos chegaram a um consenso no que diz respeito ao controlo da China, estabelecendo um sistema organizado tanto no Congresso como no Governo.
Com os crescentes conflitos sociais no país antes e depois das eleições, as provocações militares americanas irão continuar a aumentar e o risco de uma guerra na Ásia Oriental é cada vez mais real. A China deve por isso deixar de ser ingénua e parar de sonhar com uma mudança na política americana através de uma ou duas rondas de eleições.
* Editor Senior