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“A China quer transformar Taiwan na próxima Hong Kong”

Estas palavras foram proferidas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da ilha democrática de Taiwan, Joseph Wu, na sequência da reunião de alto nível com um funcionário da administração de Trump.

Desde da entrada em vigor da lei de segurança nacional em Hong Kong, a repressão das liberdades tem se vindo a assumir. Políticos da oposição e ativistas foram presos.

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Esta medida por parte da China alertou Taiwan, que receia o mesmo destino. A ilha autogerida alberga 23 milhões de habitantes. Pequim reinvindica o território como seu e prometeu um dia tomá-lo, se necessário, pela força.

Joseph Wu afirma que Taiwan vive sob constante ameaça de ter as suas liberdades retiradas pela China, durante uma rara reunião com Alex Azar, um representante oficial dos EUA.

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“A nossa vida diária torna-se cada vez mais difícil enquanto a China continua a pressionar Taiwan para aceitar as suas condições políticas, condições essas que transformarão Taiwan na próximo Hong Kong”, rematou.

O secretário de Saúde Azar está em Taipei para uma visita de três dias considerada a visita de mais alto nível dos Estados Unidos desde que mudou o reconhecimento diplomático da ilha para a China em 1979.

Esta viagem ocorre num momento em que as relações EUA-China estão muito tensas, com os dois lados em confrontos sobre uma gama ampla de questões, sejam comerciais, militares, ou de medidas de combate à pandemia que assola o mundo.

Na segunda-feira, Taiwan disse que a China enviou caças a jato para sobrevoar a fronteira que separa os dois rivais no estreito de Taiwan, pouco antes de Azar se encontrar com o presidente Tsai Ing-wen.

Durante a sua visita, Azar elogiou a democracia de Taiwan e o seu sucesso no combate ao coronavírus.

Azar já tinha criticado a maneira como Pequim lidou com a pandemia, que surgiu na China central, e seu modelo autoritário de governo.

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