Verba será investida durante um ano pelo Sistema das Nações Unidas em Angola em projetos sociais e económicos.
Conforme o coordenador residente cessante da ONU no país, Paolo Balladelli, que falou esta terça-feira à Televisão Pública de Angola (TPA), trata-se de uma quota “pequena”, mas importante para ajudar a resolver os desafios do desenvolvimento do país.
Balladelli, que está em final de mandato, depois de nove anos e três meses à frente dos destinos do Sistema da ONU em Angola, disse que o país precisa de biliões de USD para solucionar os grandes problemas, e a organização mundial vai continuar a apoiar.
Sem especificar os projectos a beneficiar, disse que os USD 106 milhões vão ajudar a implementar programas do Governo, das academias e da sociedade civil.
Noutro domínio, Paolo Balladelli disse que as agências da ONU estão a promover várias iniciativas para apoiar as autoridades angolanas, no domínio social e económico, com destaque para projectos de suporte ao programa de combate e prevenção da Covid-19.
A esse respeito, disse que estão a apoiar o país no acesso aos materiais de testagem, sublinhando que não são a favor de testes rápidos sem “sensibilidade elevada”, capazes de diagnosticar, a 80 ou 90 por cento, pacientes com casos positivos ou negativos.
Sugeriu ao Governo a criação de parcerias fortes com os órgãos da ONU e com a sociedade civil, tendo em vista o rápido estancamento da proliferação da Covid-19.
Para si, é fundamental que o Estado angolano aumente, rapidamente, a disponibilidade de água potável para a população, sobretudo nas áreas mais carentes, em Luanda e fora da capital.
Entretanto, elogiou as medidas do Governo angolano para prevenção e combate à pandemia, particularmente a adoção atempada do Estado de Emergência, que permitiu adiar a propagação do novo coronavírus e preparação condições materiais para a fase mais crítica.
De igual modo, saudou o país pela implementação da obrigatoriedade do uso de máscaras, considerando ser uma medida fundamental para o combate à Covid-19.