O Banco Nacional de Angola (BNA) está a investigar as alegadas operações suspeitas no Banco de Fomento Angola, denunciadas pelo antigo vice-presidente da instituição, António Domingues, que se demitiu na semana passada, segundo fonte do regulador. “Neste momento está a decorrer uma inspecção”, indicou uma fonte do BNA.
Em causa está uma carta enviada ao BNA pelo gestor português, na qual António Domingues expunha as suas preocupações sobre a violação das normas aplicáveis ao sector bancário, de que teve conhecimento através de uma auditoria, em particular a Lei de Combate ao Branqueamento de Capitais e o Código de Conduta da instituição bancária.
De acordo com a Lusa, numa análise do banco, o departamento que assegura o cumprimento das regras internas admite que “houve falta de rigor e não foram cumpridos os procedimentos de controlo definidos para mitigar riscos operacionais, de compliance e de fraude”.
A análise refere-se a um depósito de 21,8 milhões de kwanzas, no dia 20 de Julho de 2017, assinado por uma estudante de Viana de 23 anos, e um outro depósito de 250 mil dólares, na conta de Manuel Paulo da Cunha “Nito Cunha”, antigo director do gabinete do ex-Presidente da República, José Eduardo dos Santos, tendo ambos levantado suspeitas internas.
Estas irregularidades foram as razões apresentadas pelo vice-presidente do BFA, detido em 48,1 por cento pelo BPI, para se demitir do cargo, a 6 de Julho.
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