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A diáspora e o associativismo do bem comum

Paulo Porto FernandesPaulo Porto Fernandes*

Muitas associações da diáspora portuguesa, constituidas no estrangeiro, foram fundadas na década de cinquenta, sessenta e setenta, sempre acompanhando as diversas vagas da emigração portuguesa, sendo uma forma de congregar os compatriotas nas distantes terras de acolhimento.

Entretanto, o tempo passou, algumas associações forma encerradas, outras foram constituídas e o associativismo, mesmo em tempos pandémicos e apesar de todas as dificuldades, continua a mostrar-se cada vez mais activo e presente, como uma forma eficaz de divulgar Portugal nos países onde a diáspora se manifesta, sendo seus associados verdadeiros embaixadores da cultura, dos negócios, do turismo e de tudo que possa estar relacionado com a imagem do país no exterior.

Mas, alguns críticos sempre questionam as verdadeiras funções e os objetivos destas instituições, alegando estes que tais entidades não passariam de meros “clubes de almoços e lazer” e que não teriam um objetivo maior, o que não é verdade, senão vejamos.

O movimento associativo português no estrangeiro tem sido um verdadeiro “porto seguro”, mormente em países que atravessam graves crises políticas

As Câmaras Portuguesas, por exemplo,  são a forma mais eficaz de viabilizar a divulgação de produtos portugueses, integrar empresas portuguesas com as empresas locais, pois seus membros têm conhecimento do mercado e da legislação local e, ainda, possuem uma vocação natural para viabilizar negócios nos países onde estão estabelecidos.  

É facto, também, que ultimamente o movimento associativo português no estrangeiro têm sido um verdadeiro “porto seguro”, mormente em países que atravessam graves crises políticas, sociais, económicas e agora sanitárias, como os casos da Venezuela, África do Sul e Moçambique, onde muitas destas associações prestam apoio incondicional aos portugueses e lusodescendentes, prestando ainda suporte consular em casos de permanências, apoios sociais e contactos com cidadãos.

Diante desta realidade incontornável, há que se continuar a apoiar e a valorizar o associativismo na diáspora, aproximar e dinamizar estes movimentos, como tem feito o governo de Portugal, pois estes prestam voluntariamente um trabalho de suma importância para Portugal  e a todos os seus cidadão residente no exterior, seja através das associações culturais, sociais, câmaras portuguesas, ranchos folclóricos, academias, confrarias, lares ou qualquer outro tipo de associação que possa unir os compatriotas em prol da cultura, da solidariedade e do bem comum.

*Deputado do Partido Socialista (PS) – Portugal

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