Início Plataforma Azul Cerca de 40 gazelas mortas por caçadores furtivos numa reserva natural do Níger

Cerca de 40 gazelas mortas por caçadores furtivos numa reserva natural do Níger

Cerca de 40 gazelas-dorcas, uma espécie em extinção, foram mortas por caçadores furtivos na reserva natural de Termit e Tin Toumma, no Níger, anunciaram hoje os serviços ambientais do país.

“Este é o pior massacre cometido na reserva. Costumava ser em pequena escala, uma gazela aqui, uma gazela ali. Eles mataram cerca de 40 gazelas-dorcas”, disse o diretoro-regional dos serviços ambientais na região de Zinder, no centro sul do Níger, que alberga parte da reserva, Mamane Hamidou, citada pela de notícias France-Presse.

Hamidou acrescentou que quatro caçadores furtivos com residência na reserva foram detidos depois de equipas de silvicultores terem sido alertados da sua presença por membros das comunidades locais envolvidos na gestão da reserva.

As carcaças dos animais foram apreendidas numa larga operação pelas forças nigerinas.

Na noite de segunda-feira, a estação de televisão pública do Níger divulgou fotos do material apreendido, composto por 28 cabeças de gazela, várias carcaças, uma elevada quantidade de carne, assim como cerca de dez peles e quatro motos.

“Peço ao sistema judicial que aplique a lei em toda a sua força. Não devemos fazer concessões para este tipo de ato”, afirmou o governador de Zinder, Issa Moussa, à televisão.

Os caçadores furtivos arriscam agora uma pena de prisão entre dois meses e dois anos, assim como uma multa que pode alcançar um milhão de francos CFA (cerca de 1.500 euros).

As gazelas-dorcas, que têm um pelo pálido e um ventre branco, habitam no Saara e são caçadas pela sua carne ou para serem vendidas como um animal doméstico de ostentação para os jardins.

Na capital nigerina, Niamey, uma gazela-dorca pode ser vendida até 600.000 francos CFA (mais de 900 euros).

Criada em 2012, a reserva de Termit e Tin Toumma cobre 97.000 quilómetros quadrados no norte e centro do Níger, sendo lar para muitos animais.

Em novembro de 2018, o Níger confiou a gestão da reserva à organização não-governamental francesa Noé, por um período de 20 anos.

Defensores dos direitos dos animais e ativistas ambientais criticaram o desmantelamento de parte da reserva em junho de 2019, em favor de uma petrolífera chinesa.

Segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, as gazelas-dorcas são consideradas uma espécie vulnerável.

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