O ministro dos Recursos Minerais e Energia de Moçambique anunciou hoje que a petrolífera francesa Total concluiu os acordos de financiamento, de 15,8 mil milhões de dólares, para a construção de infraestruturas para a produção de gás no país.
“Neste momento, estão garantidos recursos suficientes para o financiamento de todo o processo e de construção das infraestruturas para a produção de gás natural liquefeito em Afungi [Cabo Delgado]”, declarou Max Tonela.
O governante falava após uma reunião em Maputo com o presidente de Exploração e Produção da Total, Arnaud Breuillac, que visitou hoje Moçambique.
Segundo Max Tonela, os acordos, assinados com agências financiadoras e bancos, garantiram 15,8 mil milhões de dólares (14 mil milhões de euros) que faltavam para completar o orçamento total de 23 mil milhões de dólares (21 mil milhões de euros) necessários para o investimento.
“Faltavam apenas os 15,8 mil milhões de dólares, tendo em conta que a diferença que completa o valor total estava garantida desde a decisão final de investimentos”, declarou o governante.
Os modelos do projeto da Área 1, na bacia do Rovuma, norte de Moçambique, apontam para ganhos globais, ao longo de 25 anos, da ordem dos 61.000 milhões de dólares (54 mil milhões de euros) e “o Estado moçambicano, por via de impostos, partilha de lucro e participação da petrolífera estatal moçambicana ENH vai ficar com pouco mais de 50%, cerca de 31.000 milhões de dólares (28 mil milhões de euros), segundo o Ministério dos Recursos Minerais e Energia.
O projeto será o primeiro empreendimento em terra de exploração de gás natural na bacia do Rovuma, constituído inicialmente por dois módulos com uma capacidade nominal de 13,12 milhões de toneladas por ano (mtpa).
A Total lidera o consórcio de que fazem parte a japonesa Mitsui (20%), a ENH (15%), as indianas ONGC Videsh (10%) e a sua participada Beas (10%), a Bharat Petro Resources (10%) e a tailandesa PTTEP (8,5%).