O ex-diretor da TSF Arsénio Reis vai assumir a direção do Plataforma, projeto com sede em Macau que passou a estar jurídica e financeiramente autónomo da Global Media.
Este novo desafio “casa comigo por vários motivos”, explica o jornalista. Devido à sua ligação à lusofonia, que está muito presente na sua própria história pessoal, já que nasceu em Luanda, a que se junta o facto de fazer anos no Dia Mundial da Língua Portuguesa (5 de maio).
“A lusofonia foi sempre, de alguma maneira, uma das minhas prioridades, é óbvio que editorialmente nem sempre foi fácil nos projetos que estive”, que eram generalistas, “elegê-la como prioridade”, disse Arsénio Reis à Lusa.
“De todos os projetos que existiam na Global Media, ainda na fase em que o Plataforma estava integrado no grupo, sempre foi um dos mais interessantes”
Arsénio Reis, saiu do grupo Global Media Group (GMG) em meados de abril, assume a direção do Plataforma – detido por Paulo Rego, o qual é diretor-geral – numa altura em que o projeto passa a ser jurídica e financeiramente autónomo da GMG, que tem, entre outros títulos, a TSF, Diário de Notícias e Jornal de Notícias.
“Há uma separação com um abraço”, afirmou o diretor, salientando que “deixou de haver uma integração” do projeto no grupo GMG, mas que “a Global Media e todas as suas marcas vão continuar a ser parte essencial da rede de parceiros do Plataforma”.
Trata-se de uma rede “que se alarga ao Brasil, pela Folha de São Paulo, grupo Bandeirantes, e revista IstoÉ, a Angola pelo Jornal de Angola, O País e Rádio Mais, e depois Macau, além do próprio Plataforma, que está na base deste projeto, onde ainda temos como parceiros a TDM e o MacauHub”. Ou seja, “a Global Media e os seus órgãos de comunicação social integram esta rede de parceiros internacionais do Plataforma, no caso parceiros no território português”, acrescentou.
Neste momento de crise que se vive, devido ao impacto da pandemia de covid-19, “seria normal que a própria Global Media se concentrasse nas suas marcas ‘core’ e era tempo para o Plataforma fazer o seu caminho e tentar também aumentar a sua rede internacional”, eventualmente “para geografias onde não temos uma representatividade tão vincada”, como Moçambique ou Cabo Verde.
O diretor do Plataforma adiantou que tem como objetivo “crescer em audiência e também em influência, tendo agora um grau de autonomia diferente e agilidade, quer na gestão do dia-a-dia, quer editorial”.
Em breve, “vamos lançar um novo ‘site’ mais apelativo, mais integrador, que vai permitir dar uma melhor visibilidade aos nossos conteúdos editoriais”, salientou.
O Plataforma “vai fazer o seu caminho na medida possível, reforçando também as marcas da Global Media na sua internacionalização”, sublinhou.