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GRANDE PRÉMIO GERA RECEITAS DE MAIS DE 50 MILHÕES

 

A 61.ª edição do Grande Prémio de Macau atraiu cerca de 80 mil espetadores e gerou um novo máximo de receitas, na ordem dos 50 milhões de patacas, disse ao Plataforma Macau o coordenador da comissão organizadora, João Manuel Costa Antunes. No futuro, o objetivo é que o evento tenha capacidade para acolher mais aficionados do desporto automóvel.

 

O Grande Prémio de Macau, o maior cartaz desportivo da cidade, teve este ano, pela primeira vez na sua história de seis décadas, todas as provas reconhecidas pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) e os quatro dias da competição terminaram com um balanço positivo da organização e sem acidentes com consequências graves a lamentar.

“Está à vista que foi um evento que obteve uma grande participação de Macau, toda a organização do Grande Prémio foi feita e baseada em residentes locais, com mais de 2000 pessoas, e o resultado de toda a preparação ao longo do ano foi bastante positiva e elogiada por todos os responsáveis da FIA e outros elementos internacionais que estiveram a assistir, a participar e a dirigir”, constatou o coordenador da comissão organizadora, João Manuel Costa Antunes.

Em declarações ao Plataforma Macau, o “piloto” do evento salientou que as “pistas foram sempre consideradas aptas e preparadas e as condições de segurança foram também verificadas” ao salientar que “mesmo quando houve um acidente mais aparatoso, ele não teve felizmente segundas consequências, porque estavam lá as redes que tinham sido recomendadas para estarem no local certo, portanto, diria que, a nível técnico, foi bastante positivo”.

Os quatro dias da 61.ª edição do Grande Prémio de Macau atraíram 79.500 espetadores. Nos dois dias de treinos, entre 13 e 14 de novembro, foram registados 22.500 espetadores, e nos dias das corridas, entre 15 e 16, mais de 57 mil. De acordo com Costa Antunes, o evento contou com a presença de mais de 1000 jornalistas de mais de 300 órgãos de comunicação, entre os quais 48 cadeias de televisão de todo o mundo. “Isto espelha bem a dimensão do evento”, realçou.

O Grande Prémio, que contou com um orçamento recorde de cerca de 200 milhões de patacas, mais 14 por cento do que há dois anos (a comparação não é feita com o ano passado, pois nessa altura o evento foi realizado em dois fins de semana para celebrar o jubileu de diamante), gerou também um novo máximo de receitas. “Devemos ultrapassar os 50 milhões de patacas de receitas, entre venda de bilhetes, patrocínios, anúncios na pista”, indicou o responsável pela comissão organizadora.

Ao explicar que o “valor e investimento do Grande Prémio é um valor promocional e não se pode pensar que é possível ter a receita direta”, Costa Antunes salientou que o “valor acrescentado do evento vem da receita da cidade, que é de um para dois, ou seja, por cada pataca dos 200 milhões que é investida, a cidade, em termos de negócio, recebe duas e em termos de valor comercial, se tomarmos em atenção as horas de televisão, as páginas de revistas, horas de rádio que o evento ocupa, é de uma para seis”. “O orçamento vem do Fundo de Turismo e as receitas dos visitantes”, concluiu o responsável, sublinhando que os “eventos para Macau, e não só o Grande Prémio, têm contribuído para a diversificação de turistas que visitam Macau e, por isso, são muito importantes”.

 

MAIS ESPETADORES

Os bilhetes para o Grande Prémio de Macau esgotaram e a organização gostaria de aumentar a capacidade do evento para atrair mais espetadores. “Vendemos todos os bilhetes que tínhamos para vender, portanto, no futuro temos de pensar na extensão eventual de stands, porque é difícil aumentarmos este número”, afirmou Costa Antunes.

Este ano, o evento recebeu cerca de 80 mil aficionados do desporto automóvel, um número que o coordenador da comissão organizadora disse ser “superior a um dos fins de semana do ano passado”. “Tivemos as bancadas completamente esgotadas e penso que, no futuro, com novas instalações poderemos ter mais espetadores”, reiterou.

João Manuel Costa Antunes destacou também o facto de se terem conseguido abrir as pistas “o mais cedo possível” para minimizar o impacto do evento sobre o normal funcionamento da cidade, tendo-se procurado “respeitar a população de Macau”.

Relativamente à 62.ª edição do Grande Prémio, em 2015, o responsável disse ser ainda “muito cedo para falar”. “Estamos a avaliar tudo isto e, por isso, relativamente ao próximo ano, não vou ainda fazer comentários. Temos objetivos, mas não me parece apropriado anunciá-los já. Tudo isto necessita de uma profunda avaliação a nível das submissões e isto não está feito ainda”, explicou.

A possibilidade de o Campeonato do Mundo de Carros de Turismo da FIA (WTCC) não regressar a Macau em 2015 foi deixada em aberto por Costa Antunes, que lembrou apenas que “todas as provas são contratadas anualmente, à exceção da Fórmula 3 e do Grande Prémio de Motos”.

Na edição deste ano do Grande Prémio de Macau participaram 213 pilotos  de 36 países e regiões, dos quais 54 de Macau.

Desde que, em 1983, Ayrton Senna venceu a primeira corrida de Fórmula 3, antes de dar o salto para a Fórmula 1, muitos dos eleitos desta modalidade passaram por Macau como Michael Schumacher, Lewis Hamilton, Nico Rosberg e Sebastian Vettel. O Grande Prémio é considerado um verdadeiro teste aos campeões, já que ano após ano junta os melhores pilotos dos mais competitivos campeonatos de Fórmula 3 para disputarem a Taça Intercontinental da FIA no Circuito da Guia. Na exigente pista citadina, com 6,1 quilómetros, um erro poderá pagar-se com o abandono da corrida ou a perda irremediável dos lugares da frente. “O grande valor deste circuito é ser o mesmo há 60 anos”, apontou Costa Antunes.

 

Patrícia Neves

 

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