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SENDYS PROCURA PARCERIAS NA CHINA

 

A Sendys, empresa portuguesa de software com projetos em 17 países, está pela primeira vez na China integrada numa missão empresarial para procurar novas oportunidades de negócio.

 

Criada há apenas três anos por antigos quadros da Capgemini, a Sendys, uma das três maiores empresas portuguesas na área do software de gestão, tem já escritórios em Portugal, Angola, Moçambique e Brasil, 110 funcionários e projetos desenvolvidos em 17 países só este ano. Depois da entrada no mercado japonês, a China está sob o olhar atento da Sendys, que participou este ano, pela primeira vez, na Feira Internacional de Macau (MIF) e numa missão empresarial em várias regiões chinesas, incluindo a província de Guangdong e Pequim.

“Tivemos o desafio de uma multinacional japonesa, que é um dos colossos mundiais na área do printing, para fazer o desenvolvimento de um software nessa área e como foi um processo que correu bastante bem, isso aguçou-nos a curiosidade de virmos ver o mercado chinês”, disse ao Plataforma Macau o sócio-gerente, Fernando Amaral.

Ao explicar que a MIF e a ida esta semana a algumas cidades da China continental, no âmbito de uma missão empresarial da Associação de Jovens Empresários Portugal-China (AJEPC), “serviram para avaliação do mercado”, o responsável adiantou que identificou “algumas empresas para serem parceiras locais”. “Entendemos que esse é o primeiro passo para depois estabelecermos parcerias que nos permitam vir para Macau, para a China”, sustentou.

Fernando Amaral indicou que a necessidade de conhecer no terreno o mercado chinês prende-se com uma “lógica de funcionamento e uma realidade muito diferentes” do que as verificadas na Europa ao observar, por exemplo, “limitações de acesso ao Facebook e ao Google” na China continental.

A Sendys, que desenvolve programas de contabilidade, faturação e recursos humanos, tem a particularidade de ser a única empresa em Portugal que produz e distribui o seu próprio software. “Com a crise que se vive na Europa, há uma tendência para se queimar etapas e para quem produz se aproximar mais do cliente final”, observou o sócio-gerente da empresa.

Com projetos em países como a Alemanha, Irlanda, Qatar, Dubai e Líbano, é em Angola e Moçambique que a Sendys regista 40% das suas vendas. Nestes dois mercados, aponta Fernando Amaral, “a tendência é para aumentar”, já que “três dos cinco países que mais crescem no mundo falam português, nomeadamente esses dois e o Brasil”, onde a empresa também está presente.

A Sendys aposta agora na China com a confiança da competitividade do know-how português. “Portugal, em termos tecnológicos, é um dos países mais desenvolvidos do mundo, mas um dos problemas que o português tem é, por vezes, pensar pequenino. Muitas vezes não temos noção da nossa real capacidade enquanto povo”, observou Fernando Amaral. Ao lembrar o passado português, o empresário constata que ele se deve ao facto de o país “ter gentes com uma propensão para descobrir e evoluir muito acima da média”.

“Podemos ser pequeninos como país, mas quando olhamos para a nossa tecnologia, culinária, uma série de coisas que nos rodeiam, nós de pequeninos temos muito pouco”, acrescentou. E é com este espírito que a Sendys percorre nestes dias a China de sul a norte, acreditando que poderá oferecer mais-valias à segunda economia mundial.

 

Patrícia Neves

 

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