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ÍNDICE MO IBRAHIM PREOCUPA CHISSANO

 

O ex-Presidente moçambicano Joaquim Chissano alertou esta semana o futuro Governo e chefe de Estado para a necessidade de dar atenção à insegurança, depois de o país ter descido no Índice Ibrahim de Boa Governação Africana (IIGA) agora publicado.

“Este índice obriga ao estabelecimento de certas prioridades” e “há-de ser necessário saber como adaptar o que o índice sugere para Moçambique”, disse o ex-Presidente moçambicano em Londres, onde assistiu à apresentação do documento.

Moçambique recuou duas posições no IIGA 2014 para 22.ºentre os 52 países avaliados, sobretudo nas sub-categorias relacionadas com a segurança, o que Chissano considera ser uma consequência do crime organizado responsável por uma onda de raptos de pessoas e também do conflito armado que renasceu entre o governo da Frelimo e as forças da Renamo, na oposição.

No entanto, “esta questão da segurança (…) pode ser que não seja exatamente assim. O índice foi feito num determinado momento, refere-se ao ano passado” e a situação parece ter melhorado, alertou Joaquim Chissano.

Os raptos, tanto aqueles motivados por dinheiro como aqueles que tenham como objetivo o tráfico de pessoas, pararam, diz o antigo chefe de Estado.

“Acabaram por ficar com um núcleos de imitação interna desse crime maior, mas que foram varridos com certa rapidez porque não tinham a mesma perícia do crime organizado”, acrescentou.

Quanto aos confrontos com homens armados da Renamo, que diz terem sido “organizados para fazerem reivindicações políticas por via armada”, acredita estarem ultrapassados,

“Penso que isso está ultrapassado, sobretudo esta parte do conflito interno armado porque houveram umas negociações que demoraram muito tempo e tiveram muito bons resultados”, saudou.

Moçambique realiza eleições gerais (presidenciais, legislativas e assembleias provinciais) a 15 de outubro.

Joaquim Chissano assistiu à apresentação na qualidade de primeiro galardoado com o Prémio Ibrahim para a Excelência na Liderança Africana, em 2007, atribuído aos dirigentes africanos que deixem funções com um legado de reconhecida qualidade.

Este ano, pela primeira vez, a divulgação do vencedor será anunciada separadamente numa data posterior.

 

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