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NA PRIMEIRA PESSOA

 

Carlos Fonseca 

1956, Lisboa

Carlos FonsecaO meu pai é do Baixo Alentejo e a minha mãe de Lisboa. Fiz formação na IBM e carreira na informática. Comecei a trabalhar nos CTT e depois trabalhei na banca entre 1979 e 1995.

Em 1988 fui convidado para vir instalar o centro de informática das Forças de Segurança de Macau. E, portanto, vim para Macau em 1988 requisitado ao BPA. Estive quatro anos nas Forças de Segurança de Macau, fiz também alguns projetos para o Governo em simultâneo, nomeadamente o Fundo de Segurança Social e o Instituto de Habitação, e, em 1992, tive de regressar ao banco, porque foi privatizado e inviabilizou a requisição.

Estive dois anos no BPA em Macau, tive uma empresa de informática que era distribuidora da IBM e depois fui para o aeroporto, quando abriu em 1995. Era a pessoa que liderava o departamento de hardware e software.

Em 1996 fui convidado para a Santa Casa da Misericórdia em Portugal para a parte dos sistemas de informação. Estive lá seis meses. Desde janeiro de 1997 que existe a segunda extração do totoloto que foi inventada por mim e aumentou as receitas em cerca de 70%.

Gostei muito de lá estar, mas sou um apaixonado pela Ásia e, portanto, este bichinho estava cá dentro. Fui então para Hong Kong em dezembro de 1996, para a IBM, onde trabalhei 17 anos e este ano achei que era altura de abrir a porta a outros e de gozar algum descanso.

A minha missão na IBM foi tomar conta de algumas das cerca de 15 parcerias globais da empresa na China, onde passava então cerca de meio ano. Vivi e trabalhei na China praticamente com todas as empresas, da banca, seguros, indústria automóvel, manufatura, eletrónica. Isto permitiu-me ter uma visão mais alargada do país, pelo qual sou um apaixonado.

Neste momento vivo entre Hong Kong, Macau e a Tailândia.

 

 

Susana Guerreiro

1989, Porto

Susana GuerreiroNasci e vivi sempre no Porto, onde tirei o curso de arquitetura, que terminei em novembro do ano passado. Depois tentei procurar trabalho pelo Porto, arranjei pequenos estágios, mas nada de longa duração.

Apareceu uma oportunidade em março de vir para Macau, através de amigos dos meus pais que já estavam cá e souberam de uma vaga na minha área, e vim sem hesitar. Cheguei 15 dias depois. Foi a primeira vez que saí da Europa. No início foi difícil a adaptação, se bem que a comunidade portuguesa é muito grande e apoia sempre bastante.

Vim com blue card, não tenho BIR e não sei se vou conseguir ter, mas já vim com essa segurança de ter um visto de trabalho temporário. Estava à espera que fosse mais simples este processo burocrático para os portugueses se fixarem aqui. Assim, estou um pouco insegura, porque se a empresa rescindir contrato tenho dez dias para abandonar Macau.

A habitação foi outra dificuldade que encontrei, porque é muito cara.

Não achei a cidade muito bonita, mas sinto-me realizada porque com a minha idade e com a minha pouca experiência estou a ter a oportunidade de fazer muita coisa. Aqui um projeto que começo agora em um mês se calhar já tem de estar construído, quando em Portugal a maior parte dos projetos não passam do concurso. Em Macau é tudo muito rápido.

Enquanto houver trabalho acho que vou ficando, mas gostava muito de voltar para a Europa, não digo para Portugal, mas para um sítio mais perto de casa. Sinto falta do estilo de vida europeu.

 

 

Hugo Cardoso

1974, Lisboa

Foto Hugo Cardoso 300dpiFiz a minha vida em Lisboa e em 1989 vim para Macau porque a minha mãe veio para cá dar aulas de português a chineses. Fiquei até 1993, quando fui para a universidade.

Eu e a minha família regressámos a Lisboa e fui estudar informática de gestão, que nunca pratiquei e comecei a fazer produções de eventos, espetáculos, cinema, televisão, publicidade. Não acabei o curso, estudei até ao último ano e já trabalhava e aí decidi que as duas coisas não eram compatíveis.

Fiquei por Portugal, trabalhei muito para o estrangeiro, especializei-me na área da produção de publicidade e televisão e fiz muitas campanhas para Inglaterra, França, Alemanha, Áustria, Japão.

Nunca perdi contacto com Macau, apesar de não ter vindo cá entretanto, continuei a dar-me com pessoas de Macau e fui recebendo sempre convites para regressar. Nos últimos anos organizava com um conjunto de amigos as festas de Ano Novo Chinês em Portugal, tivemos festas com quase 1000 pessoas com ligação a Macau.

Em 2011 vim de férias e acabei por ficar para ajudar na produção da Festa da Lusofonia e nesse ano decidi abrir uma empresa de comunicação. Estou aqui para ficar.

Macau é um excelente sítio para servir como base, porque as nossas operações não se ficam só por Macau, acho, aliás, que isso é um erro, porque Macau é pequeno e não tem massa crítica. Já faço algumas coisas para a China e há aqui muitos mercados à volta que são interessantes.

 

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Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

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