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INCENTIVOS DE MACAU ATRAEM EMPRESAS DA RAEHK

 

Um estudo da Associação da Indústria de Convenções e Exposições de Hong Kong aponta para um crescimento do setor das exposições, com um aumento de 3,7% no número de empresas a expor no território vizinho. Mas, já há companhias que se queixam de um mercado saturado e olham para Macau como uma oportunidade. O novo plano de subsídio da RAEM é um dos atrativos.

 

Um estudo da Associação da Indústria de Convenções e Exposições de Hong Kong (HKECIA) junto aos atores da indústria revela que, só no ano passado, o número de companhias a expôr na RAEHK ultrapassou 62 mil. O número representa um crescimento de 3,7% em comparação com o ano anterior e traduz-se num crescimento de 18,8% das companhias internacionais e de 5,5% das empresas locais.

Já o número de visitantes cresceu 6,5% em 2013, alcançando quase dois milhões. Só da China continental a subida foi de 12,8% e de Hong Kong 7,4%.

“Estes números sugerem que as empresas asiáticas adquiriram um considerável poder de compra, fazendo com que companhias locais e internacionais queiram expandir os seus contatos aqui. Hong Kong  provou claramente que é uma óptima plataforma para o efeito”, refere o relatório.

Também a área em metros quadrados ocupada pelos expositores aumentou no ano passado, apresentando um crescimento de 5,9%.

Javed Khan, presidente da HKECIA comenta: “É claro que Hong Kong permanece como um destino importante para negócios internacionais e do continente e, por isso estamos a assistir a um crescimento das companhias que expõem e dos visitantes. Os dados são também interessantes no sentido em que sugerem uma mudança nas realidades da economia global, com a subida dos números de companhias internacionais que chegam a Hong Kong para procurar oportunidades de negócio”.

 

MERCADO ESGOTADO

Esta já é a terceira vez que a AVI Exhibition Limited opta por Macau para a organização de exposições. A empresa de Hong Kong, responsável pela organização da Summer Fun Expo 2014 na RAEM, que se realiza a partir de hoje no Centro de Convenções e Exposições do Venetian, procura chegar a outros mercados. “Estamos a tentar exportar para fora a organização [de exposições] porque este mercado de eventos e de exposições de Hong Kong está esgotado com mostras de todo o tipo”, explica a diretora executiva da empresa, Vivian Ng.

Se por um lado o mercado de Hong Kong está saturado, por outro, o de Macau está em expansão, nota a responsável. E vem com um bónus: um novo plano lançado no início do ano pelo Governo da região especial administrativa beneficia organizadores e participantes locais e estrangeiros de feiras com um subsídio nos custos de arrendamento do espaço. “O Governo de Macau tem uma política de subsídios muito boa e penso que é mais benéfica do que a de Hong Kong e isso é importante”, realça a diretora da AVI.

O Plano de Apoio a Reuniões Internacionais e Feiras Promocionais garante ainda um subsídio para as despesas de alojamento em hotéis locais. Vivian Ng explica, porém, que prefere trabalhar com profissionais de Macau porque não consegue “comportar os custos que implica trazer uma equipa de Hong Kong, como pagar o transporte e a estadia em Macau, que é muito cara”, ressalva a responsável, notando, porém, que é “difícil” contratar profissionais especializados no território e que os “salários a pagar são muito altos”.

 

C.D.

 

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