Cerca de 50% da população mundial sofre atualmente com algum tipo de alergia, e as mudanças climáticas têm contribuído para essa estatística. A conclusão é da World Allergy Organization (Organização Mundial de Alergias), que reúne médicos especialistas de 115 países. O congresso da entidade, que começou na sexta (28) e vai até esta segunda (3), em San Diego (EUA), reúne cerca de 6.000 médicos para debater o tema “Mudanças climáticas e doenças alérgicas: impacto global na saúde”.
Primeiro português a comandar a organização, Mário Morais de Almeida afirma que em seu país há exemplos de como a mudança climática exacerba a incidência de alergias.
“No último ano, tivemos níveis polínicos que nunca tínhamos tido antes em Portugal. E nós medimos níveis polínicos sistematicamente há 30 anos”, disse o médico à Folha. “Foram constatados níveis muito elevados e também por um período mais prolongado, ou seja, estações polínicas que começam mais cedo e acabam mais tarde. Agora não temos pólen só na primavera, mas quase o ano inteiro”, acrescenta Morais de Almeida, que assumiu em janeiro a presidência da Organização Mundial de Alergias, para um mandato de dois anos.
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