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Líder de Macau diz ser preciso “melhor desenvolvimento” para fortalecer a China

O chefe do Governo de Macau considerou hoje que a região precisa de alcançar "um melhor desenvolvimento" para "dar maiores contributos" para o fortalecimento da China.

Ho Iat Seng discursava na cerimónia do 75.º aniversário da fundação da República Popular da China, numa intervenção em que apresentou um balanço dos cinco anos de mandato, que termina em 20 de dezembro, quando também abandona o cargo.

Referindo que, logo no início do mandato, o Governo enfrentou três anos de combate à pandemia da covid-19, o chefe do executivo afirmou que foram aplicados os princípios ‘Um país, dois sistemas’ e ‘Macau governada por patriotas’, ao mesmo tempo que foi salvaguardado o poder do Governo central e defendidos “a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento” da China.

No ano em que Macau assinala os 25 anos da transferência de administração de Portugal para a China, Ho Iat Seng afirmou que a história da região mostra que “a prática bem-sucedida de ‘um país, dois sistemas’ (…) funciona, é viável e é o melhor arranjo institucional para o povo”.

Enumerou também os principais aspetos que, nas diferentes áreas de governação, permitiram “superar as dificuldades e desafios sem precedentes” e impulsionar “o alcance do desenvolvimento de Macau a um novo patamar em todos os aspetos”, como a revisão da lei da defesa da segurança nacional e diplomas conexos, ou a elaboração do primeiro plano da “diversificação adequada” da economia, com menor peso do jogo.

Neste aspeto, o chefe do executivo indicou que, no ano passado, a indústria do jogo representou menos de 40% do produto interno bruto (PIB) da região, concluindo que “a proporção de indústrias prioritárias está a ganhar mais peso na estrutura económica de Macau, a qual se torna cada vez mais diversificada e estável”.

Referiu que os principais indicadores económicos de Macau melhoraram constantemente, com o PIB a atingir, no primeiro semestre, 204,3 mil milhões de patacas (22,9 mil milhões de euros), ultrapassando pela primeira vez o nível de 200 mil milhões de patacas (22,5 mil milhões de patacas, ao câmbio atual) do primeiro semestre do ano desde 2019.

Governar em prol do bem-estar da população, aumentar a eficácia da governação e avançar na promoção da reforma na administração pública foram também destacados por Ho Iat Seng, que lembrou ainda, os investimentos de cerca de 80 mil milhões de patacas (8,9 mil milhões de euros) em diversas obras públicas nos últimos cinco anos.

Por último, o responsável salientou “o aproveitamento das oportunidades resultantes do desenvolvimento” chinês, como a Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, e a construção da Área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, projetos que Pequim lançou em 2021 e em 2017, respetivamente.

O documento “Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, que engloba nove cidades da província de Guangdong, além das duas regiões administrativas especiais chinesas, deverá converter-se numa área de excelência a nível internacional até 2035.

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