Perante 1.368 espetadores, os visitantes marcaram o único golo da partida aos 10 minutos. Após uma grande defesa do guarda-redes de Macau, Ho Man Fai, o ressalto sobrou para o médio Azwan Ali Rahman, que foi ontem capitão do Brunei.
A seleção do sudeste asiático não contou, devido a lesão, com o capitão Faiq Bolkiah, antigo jogador do clube português Marítimo.
Macau, equipa treinada pelo luso-angolano Lázaro Oliveira, esteve perto de marcar já perto dos 90 minutos, quando um contra-ataque permitiu a Ieong Lek Hang, médio do atual campeão Benfica de Macau, rematar perto do poste direito da baliza dos adversários.
Mas a melhor oportunidade para a seleção da casa surgiu já nos descontos, quando o médio Si Hou In surgiu isolado mas não conseguiu desviar a bola do guarda-redes.
Após uma vitória por 3-0 na primeira mão, o Brunei – treinado de forma interina pelo escocês Jamie McAllister, após a saída do português Rui Capela – segue para terceira ronda, em busca de uma qualificação inédita para a Taça Asiática de 2027, a disputar na Arábia Saudita.
A equipa de Macau contou de início com o defesa Amâncio Goitia e com Nuno Pereira, médio do Imortal de Albufeira, que disputa o distrital do Algarve, uma vez que ambos detêm passaporte da região semiautónoma chinesa.
No final de agosto, a FIFA confirmou a exclusão de cinco jogadores portugueses por não possuírem passaporte.
Apenas os cidadãos chineses com estatuto de residente permanente em Macau podem obter um passaporte do território.
A decisão impediu o capitão, o luso-sul-africano Nicholas Torrão, Filipe Duarte, formado no Benfica e antigo internacional jovem por Portugal, o central Vítor Almeida e o avançado Iuri Kaewchang Capelo de jogarem contra o Brunei.
A braçadeira de capitão ficou assim com o defesa Chan Man, que chegou a jogar em Portugal, no Olhanense.
Uma exclusão que afeta também David Kong Cardoso, jogador do Fabril do Barreiro, que disputa o Campeonato de Portugal, o quarto escalão do futebol português.
Em 23 de agosto, uma porta-voz da Associação de Futebol de Macau confirmou à Lusa a exclusão, de acordo com regulamentos da Confederação Asiática de Futebol aprovados já em 2021, e lamentou que não haja qualquer exceção para “jogadores que já representam Macau há muitos, muitos anos”.
A associação prometeu que “irá de certeza voltar a tentar” reverter a decisão junto da FIFA, mas excluiu a possibilidade de levar o caso ao Tribunal Arbitral do Desporto, na Suíça.