Num vídeo de cinco minutos e meio Vladimir Putin anunciou que os quatro atiradores envolvidos no atentado contra o Crocus City Hall já foram detidos e garantiu que todos os responsáveis pela preparação e execução do ataque contra a sala de espetáculo moscovita – que já fez pelo menos 133 mortos e mais de 100 feridos – serão identificados e punidos. Denunciando um “ato terrorista bárbaro”, o presidente russo acrescentou que os atacantes “se dirigiam para a Ucrânia, onde […] foi preparada uma janela para que atravessassem a fronteira”, sem dizer palavra sobre a reivindicação feita poucas horas antes pelo Estado Islâmico (EI).
Kiev já negou qualquer ligação ao atentado em Moscovo, considerando a ideia “absurda”, mas com o conflito na Ucrânia a já ter entrado no seu terceiro ano e o ataque ao Crocus City Hall a ter ocorrido precisamente no dia em que o Kremlin usou pela primeira vez a expressão “estado de guerra”, em vez de “operação militar especial”, para se referir aos eventos que se seguiram à invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, não terá sido uma surpresa para ninguém ouvir o líder russo insinuar que os atacantes podem ter ligações no país vizinho.
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