O resultado do PS é um paradoxo: consegue a melhor percentagem do ano (de um total de cinco sondagens) poucas semanas depois de uma investigação judicial que provocou um terramoto político que levou à demissão do governo, ao anúncio da dissolução da Assembleia da República e à marcação de eleições para 10 de março. E quando ainda decorre a luta interna para encontrar um novo líder. Em vez de afastar eleitores, a crise parece ter funcionado como uma espécie de toque a rebate. Os próximos meses dirão se o fenómeno é fugaz ou duradouro.
É importante recordar que uma sondagem não é uma previsão sobre o futuro. É um retrato do que já passou. No caso desta, o trabalho de campo decorreu entre 18 e 23 de novembro, o que significa que, depois do choque inicial da Operação Influencer, os eleitores já sabiam que o juiz de instrução criminal tinha recusado as suspeitas de corrupção e libertado todos os suspeitos. Como também já tinham ouvido António Costa acusar o Presidente da República de provocar uma “crise irresponsável” (Marcelo está em mínimos históricos na avaliação dos portugueses).
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