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Mulheres relatam violações e agressões sexuais durante conflito no Sudão

Zeinab fugia do conflito na capital do Sudão, Cartum, em busca de segurança quando se viu presa ao chão, com um fuzil apontado para o peito, enquanto era estuprada por um paramilitar. Para ela, naquele momento, a morte era quase certa.

“Tinha certeza de que íamos morrer”, disse à agência de notícias AFP.

Dezenas de mulheres relataram ataques semelhantes —em suas casas, na beira da estrada e em outros lugares— desde que o conflito no Sudão começou em abril entre o Exército e o grupo paramilitar RSF (Forças de Apoio Rápido).

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No mês passado, Zeinab relatou que as mulheres estavam saindo de Cartum quando o micro-ônibus em que estavam foi parado em um posto de controle paramilitar. Aterrorizadas, foram levadas a um armazém onde um homem “que aparentava ser o comandante” ordenou a Zeinab que se deitasse no chão.

“Um homem me segurou com uma mão enquanto outro me estuprou. Quando acabou, eles trocaram”, disse à AFP. “Eles queriam pegar minha irmã. Eu implorei a eles de joelhos para deixá-la ir”, disse ela.

As mulheres conseguiram fugir para Madani, a 200 km de distância de Cartum, onde denunciaram o ataque à polícia e foram para um hospital. “Não somos as primeiras pessoas com quem isso aconteceu, nem as últimas”, disse Zeinab, que se refugiou em outro país.

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