Mais de 2.700 pessoas foram retiradas de zonas inundadas na sequência da destruição, na terça-feira, da barragem de Kakhovka, no sul da Ucrânia, anunciaram hoje as autoridades ucranianas e russas.
“Mais de 1.450 pessoas foram retiradas”, declarou à televisão ucraniana o porta-voz dos serviços de emergência, Oleksandre Khorounejii, segundo a agência noticiosa francesa AFP.
As autoridades instaladas por Moscovo na região, citadas pelas agências russas, anunciaram que já tinham sido retiradas 1.274 pessoas.
O repórter André Luís Alves está em Kherson e explica que há milhares de pessoas a saírem “apenas com roupa e alguns bens”.
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A barragem situa-se na região de Kherson, anexada pela Rússia, mas as forças ucranianas controlam a parte situada na margem direita do rio Dnipro e as tropas russas a margem esquerda.
A Ucrânia e a Rússia acusam-se mutuamente da destruição de parte da barragem, que fornece água à península da Crimeia, ocupada e anexada pela Rússia em 2014.
Kiev disse que as forças russas tinham colocado minas na estrutura, como denunciou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em outubro, e Moscovo atribuiu a destruição da barragem a bombardeamentos ucranianos.
Os serviços de inteligência militar britânicos, que têm divulgado uma avaliação diária sobre o curso da guerra na Ucrânia, não atribuíram uma causa à destruição da barragem, referindo-se a um “colapso parcial” pelas 03:00 locais de terça-feira.
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