Ilegal, injusta, imoral, um erro “chocante da Federação Russa”, a que a União Europeia respondeu “com solidariedade, unidade e visão de futuro”. As palavras são de Marcelo Rebelo de Sousa sobre a guerra na Ucrânia, no discurso que fez esta quarta-feira na sessão solene no Parlamento Europeu, em Estrasburgo. Por isso, referiu, a União Europeia deve tentar, com maior urgência, garantir “uma paz justa e legal” no conflito.
Num discurso com mais de dez minutos (e que terminou com aplausos de pé dos eurodeputados presentes), o Presidente da República relembrou ainda que, devido à guerra e à pandemia, as reformas que têm de ser feitas são ainda mais urgentes, e que, “na emergência”, as grandes questões europeias foram colocadas em segundo plano.
Para o chefe de Estado, além da paz na Ucrânia, a União Europeia tem ainda sete outras questões: sair do pós-guerra “como efetiva potência global”; o “alargamento [de Estados-membros”; a recuperação “da economia europeia”; o futuro da governação comunitária; a relação “com outros continentes”; a transição energética e digital; e a solidariedade geracional.
Depois de, na véspera, ter adiantado que ia focar o discurso nos “desafios da Europa”, o Presidente da República abordou, além do conflito na Ucrânia, os populismos “e os egoísmos” no seio da União Europeia, à semelhança do que já havia feito no dia anterior, numa nota publicada no site da Presidência. “A UE quer ficar fechada sobre si mesma? Não pode esquecer que nos outros continentes que esta guerra tem efeitos globais. Não pode esquecer ou congelar por egoísmos fúteis parcerias e acordos com continentes como a África, a América Latina. Não pode adiar aquilo que a prazo só pode criar problemas com as migrações e o peso da Europa no mundo. Os egoísmos nacionais têm de ceder perante os valores da União Europeia”, frisou.
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