O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky negou esta quarta-feira a alegação de Moscovo de que a Ucrânia tinha tentado assassinar o líder russo Vladimir Putin depois de a Rússia ter anunciado o abate de dois drones que tentavam sobrevoar o Kremlin.
“Não atacámos Putin… nós lutamos no nosso território, estamos a defender as nossas aldeias e cidades”, disse Zelensky numa conferência de imprensa com líderes nórdicos em Helsínquia.
“Não atacámos Putin ou Moscovo. Não temos armas suficientes para isso”, acrescentou.
A Rússia disse esta quarta-feira que abateu dois drones que visavam a residência de Putin no Kremlin, no que apelidou de tentativa de assassinato “terrorista” ucraniano. “Os dispositivos foram desativados”, disse um comunicado do Kremlin.
Moscovo acrescentou que Putin não ficou ferido e não houve vítimas.
Questionado sobre por que razões Moscovo acusaria Kiev, Zelensky respondeu: “A Rússia não tem vitórias. Ele (Putin) não pode mais motivar a sua sociedade e não pode mais enviar os seus militares para morrer por nada”, disse.
O líder ucraniano participou esta quarta-feira numa cimeira em Helsínquia que reuniu os líderes das cinco nações nórdicas. Zelensky reafirmou que a Ucrânia pretende tornar-se um membro da NATO, enquanto os membros nórdicos Aliança Atlântica emitiram uma declaração a garantir que “continuarão a apoiar a Ucrânia no seu trajeto para uma futura adesão”.
“A Ucrânia já é um membro de fato da NATO e estamos realmente a cooperar para o bem da defesa comum”, disse Zelensky.