O primeiro passo foi dado com sucesso, ao vencer esta quinta-feira a Turquia (3-1), mas, para subir a escada que a levará ao Mundial 2022, a seleção nacional terá de vencer na terça-feira, no Dragão, a Macedónia do Norte (que de forma surpreendente eliminou a Itália).
Vencer o playoff é a última hipótese de Portugal marcar presença no campeonato do mundo, no próximo inverno e dar seguimento a 24 anos sem falhar uma grande competição (desde o Mundial 1998). Otávio foi a grande figura do jogo ao marcar um golo e oferecer outro a Jota. Matheus Nunes fechou as contas já depois dos 90 minutos.
Em relação ao jogo com a Sérvia, que colocou Portugal nesta situação de precisar passar por um playoff duplo para ir ao Mundial, Fernando Santos mudou cinco peças (três forçadas) no onze, num aparente 4x3x3, com João Moutinho como médio mais recuado e ladeado por Bernardo Silva e Bruno Fernandes. O selecionador fez a vontade a quem defende que a seleção deve jogar sem duplo pivot a meio campo e assumir uma postura mais ofensiva.
A maior surpresa foi a mudança na baliza. Há mais de 11 anos que Rui Patrício não falhava um jogo por opção. Aconteceu ontem, com a titularidade do portista Diogo Costa. Diogo Dalot jogou no lugar do castigado Cancelo, Danilo a central. Do lado turco, Stefan Kuntz efetuou quatro alterações para jogar num invulgar 3x5x2, com Ozan Kabak, Berkan Kutlu, Orkun Kokcu e Cengiz Under.
Portugal entrou bem no jogo e chegou cedo ao golo. Ronaldo serviu Jota, que assistiu Bernardo Silva, que rematou ao poste e viu a bola sobrar para Otávio, que vindo de trás fez o 1-0 de forma oportuna. Apesar de ainda não ter perdido desde que o alemão assumiu o comando técnico, um dos pontos fracos desta Turquia é o desânimo inconsciente quando sofre golos primeiro, mas Portugal não soube aproveitar para carregar e aumentar a vantagem.
Como tem sido habitual, a seleção baixou a intensidade de forma tão evidentes que os turcos ameaçaram a baliza de Diogo Costa. Apesar da equipa nacional dominar o ritmo do jogo, as perdas de bola em construção (com destaque para Diogo Dalot) eram enervantes até para Fernando Santos, que só descansou um pouquinho quando Jota (a passe de Otávio) fez o segundo golo.
O 2-0 ao intervalo era um bom indicador. Além da vantagem óbvia, Portugal só por uma vez tinha perdido um jogo (e particular, em 2017, com a Suécia) em que saiu ao intervalo a vencer por dois golos ou mais, enquanto a Turquia nunca invertera um resultado destes em 83 encontros. No regresso Bernardo fez um aviso a Ugurcan Cakir e Fernando Santos começou a pensar no jogo da próxima terça-feira, colocando William Carvalho, Rafael Leão e João Félix a aquecer.
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