O número de cidadãos ucranianos que fugiram do país devido à invasão russa alcançou os 3,48 milhões, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), referindo que a maioria são mulheres, crianças e idosos.
No domingo, esta agência da ONU dava conta de 3.389.044 refugiados ucranianos e acrescentava ter ainda registado de mais 6,6 milhões de deslocados internos.
Segundo o ACNUR, a Polónia recebeu mais de dois milhões desses refugiados, enquanto centenas de milhares deixaram a Ucrânia para os países vizinhos Hungria, Eslováquia, Moldova, Roménia, Rússia e, em menor escala, para a Bielorrússia.
O fluxo de refugiados diminuiu ligeiramente nas últimas duas semanas, mas continua ininterrupto, tendo o ACNUR manifestado receio de que possa voltar a acelerar devido aos recentes ataques no oeste da Ucrânia, que até agora tinham permanecido relativamente intocados pelo conflito e eram considerados como um refúgio pelos ucranianos do leste.
Entre refugiados e deslocados internos, o ACNUR prevê que cerca de 10 milhões de ucranianos, quase um quarto da população total do país, tenham sido forçados a deixar as suas casas, afirmou o alto-comissário da organização, Filippo Grandi.
De acordo com o responsável, cerca de 90% dos que fugiram são mulheres e crianças. Os homens entre os 18 e os 60 anos podem ser mobilizados para os combates, pelo que não podem deixar o país.
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