A disparada dos preços combustíveis, intensificada pelos efeitos da guerra na Ucrânia, está fazendo o brasileiro repensar o uso do carro.
Com o orçamento apertado, parte da população decidiu deixar o automóvel parado na garagem por mais tempo. Viagens longas de lazer ficaram mais escassas nos últimos meses.
Na tentativa de economizar, a migração para o transporte público, bicicleta ou até skate, quando possível, também é uma opção que passou a fazer parte da rotina.
O advogado Marcos Barbosa, 50, integra o grupo que resolveu deixar o carro mais tempo na garagem devido aos aumentos da gasolina.
Agora, o automóvel só é retirado de casa em situações de maior necessidade, como saídas para compras no supermercado ou na feira.
O morador de São Paulo também reduziu visitas a familiares no município de Casa Branca (cerca de 240 km da capital paulista).
As viagens, que antes eram feitas a cada 15 ou 30 dias, passaram a ocorrer, em média, a cada três meses.
Barbosa trabalha em regime de home office. Mas, quando há necessidade de saídas a trabalho durante a semana, vem procurando usar o transporte público.
“Tenho carro, mas estou usando o mínimo possível”, relata. “Minha maior preocupação é com o coletivo: um aumento tão forte nos combustíveis é devastador”, avalia.
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