A integração da comunidade macaense na nação chinesa foi levantada ontem por Lok Po na Assembleia Popular Nacional. Apesar de aplaudir a intervenção do deputado em Pequim, Miguel de Senna Fernandes não concorda que haja necessidade de uma maior integração, uma vez que os macaenses nunca deixaram de estar integrados na China
“Fico feliz pela comunidade macaense ser referida num evento tão importante como é a Assembleia Popular Nacional. Isto não acontece todos os dias e fico satisfeito de dar uma importância tão grande à comunidade. Reconheço que o senhor Lok Po é uma pessoa de muito boa fé. Respeito muito o senhor director do jornal Ou Mun e fico feliz por ele ter levantado esta questão porque sei que gosta da comunidade macaense e é uma pessoa de muito boa fé, só que a raiz da própria comunidade macaense é a própria mestiçagem, não precisamos de integrar fosse o que fosse àquilo que já está integrado entre nós. Não é isto que se pretende”, disse Miguel de Senna Fernandes à TDM-Rádio Macau.
Para o advogado, a comunidade macaense é única, mas nunca deixou de se ligar à China. Sempre, acentua, tiveram a China no sangue.
“A comunidade macaense é uma comunidade única. Identificou-se há muito tempo com Portugal, é verdade, mas nunca deixou de se ligar à China. Não é verdade quando o doutor diz que depois da transferência da soberania os macaenses reconheceram a República Popular, isto não corresponde à verdade porque os macaenses sempre conheceram a República Popular da China, isto antes da própria revolução de 49, [a comunidade macaense] sempre teve a China no seu sangue”, indicou Miguel de Senna Fernandes.
Para Miguel Sena Fernandes, a comunidade macaense “não é uma espécie rara” e não deve ser considerada uma minoria étnica da China.
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