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O terror de Paris chega a julgamento no maior processo da história

Seis anos após o maior ataque terrorista em solo francês, começa esta semana o maior processo da história jurídica em França.

Numa sala especial e com a presença do único terrorista vivo que participou diretamente nos atentados de Paris.

Salah Abdeslam é o único terrorista que participou ativamente nos atentados de 13 de novembro de 2015, contra o portão D do estádio de futebol Stade de France, em Saint-Denis, cafés e restaurantes de dois bairros da capital e a sala de espetáculos Bataclan, em que morreram 130 pessoas e mais de 4.000 ficaram feridas, e sobreviveu.

Este belga de origem marroquina ajudou a preparar os ataques coordenados, deixou os seus companheiros no Stade de France para cometerem o ataque reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico, mas acabou por deitar fora o seu próprio colete de explosivos.

Desde a sua prisão, no início de 2016, Abdeslam está em silêncio, recusando cooperar com as autoridades, referindo apenas que o que fez foi a pedido do irmão, Brahim, que morreu nos atentados. Agora, ele comparecerá em público e será questionado pelos seus crimes.

No banco dos réus, no processo com início marcado para quarta-feira, estão mais 13 acusados por implicação na logística dos ataques. Seis pessoas vão ser julgadas sem se conhecer o seu paradeiro, perfazendo assim um total de 20 acusados.

Quanto às vítimas, há pelo menos 1.765 pessoas que se constituíram como partes civis, ou seja, diretamente afetadas pelo ataque. Entre elas há os feridos, mas também as famílias das vítimas mortais, assim como todas as pessoas que testemunharam o terror naquela noite no Stade de France e no 11.º bairro de Paris.

No total, há 330 advogados que vão intervir diretamente no processo, alguns para defender os alegados terroristas, mas a maior parte pertencem à acusação. Alguns dos melhores escritórios de advogados da capital defendem associações de vítimas, outras vítimas individuais ou ainda grupos de vítimas que não se inserem nas associações.

Ao contrário de muitos crimes graves em França, os crimes de terrorismo não têm júri.

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