A produção de farinha e óleo de peixe para as indústrias europeia e asiática está a privar a população da África Ocidental de parte importante da sua dieta e a exaurir recursos pesqueiros, alertou esta terça-feira a Greenpeace.
Cerca de 500 mil toneladas de peixe que poderiam acabar nos pratos de 33 milhões de pessoas são transformadas anualmente em farinha de peixe e óleo de peixe para sectores como a aquicultura, agricultura, suplementos alimentares, produtos cosméticos e rações para gado, alertou a organização não-governamental (ONG) ambientalista num relatório publicado esta terça-feira.
A produção de farinha e óleo de peixe nesta região do continente aumentou de 13.000 toneladas em 2010 para 170.000 toneladas em 2019, de acordo com a Greenpeace, que tem vindo a soar este alarme há vários anos.
“Esta prática não só compromete a segurança alimentar das comunidades costeiras da Mauritânia, Senegal e Gâmbia“, como também priva “as do Mali continental e do Burkina Faso de uma das suas principais fontes de proteínas”, afirma o relatório.
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