Timor-Leste e os Estados Unidos assinaram hoje, em Díli, a primeira tranche de um acordo de apoio financeiro de Washington.
A nova assistência, a cinco anos, vai ter o valor total de 92,4 milhões de dólares (77,1 milhões de euros).
O documento referente à primeira tranche do acordo de assistência ao desenvolvimento (DOAG, na sigla em inglês), no valor de 17,9 milhões de dólares (14,93 milhões de euros), foi assinado pelo ministro das Finanças timorense, Rui, Gomes e pelo diretor da missão da agência para o Desenvolvimento Internacional norte-americana (USAID, em inglês) em Timor-Leste, James Wright.
O acordo abrange vários programas a serem executados através da USAID, em colaboração com vários Ministérios, em setores da economia não petrolífera, como turismo, produção agrícola e boa governação, disse Rui Gomes.
Na cerimónia de assinatura, Rui Gomes lembrou a parceria de longa data entre os dois países e “a imensa” assistência dada até agora pelos Estados Unidos, a abranger “quase todos os aspetos do desenvolvimento de Timor-Leste, incluindo a educação e a saúde, o desenvolvimento do setor privado, a defesa e a segurança, a agricultura e o turismo”.
O novo acordo marca um reforço da da parceira e simboliza “a contínua confiança” do Governo norte-americano em Timor-Leste, acrescentou.
Além deste apoio, estão a ser finalizados outros investimentos, num valor total superior a 200 milhões de dólares (164,4 milhões de euros), através da Millennium Challenge Corporation, iniciativa cujo arranque tem sido condicionada pelas restrições da pandemia da covid-19.
“A Estratégia de Cooperação para o Desenvolvimento do País visa reforçar a economia não petrolífera de Timor-Leste e reforçar a boa governação, áreas que foram identificadas como críticas ao bem-estar dos nossos cidadãos”, salientou o ministro.
“As atividades dedicadas ao crescimento da economia não petrolífera centrar-se-ão na inclusão económica das mulheres e jovens, no reforço do setor privado em áreas-chave de crescimento, nomeadamente através de programas de formação profissional e de colocação de emprego, e contribuindo para um ambiente favorável ao crescimento do setor privado”, frisou.
No que toca à boa governação, a USAID “apoiará a participação dos cidadãos inclusivos e a melhoria da eficácia institucional que conduzirá a uma melhor prestação de serviços”, disse.
O ministro da Presidência do Conselho de Ministros timorense, Fidelis Magalhães, sublinhou a importância do acordo por contribuir para o reforço institucional e para o fortalecimento da economia não petrolífera.
“Este apoio engloba estas duas áreas críticas. Este acordo ajuda a resolver problemas como desemprego, acesso a educação e saúde, todas questões que podem fazer recuar os ganhos conquistados por Timor-Leste”, sublinhou.
Já o diretor da missão da USAID em Timor-Leste, James Wright, disse que o acordo pretende apoiar o país a tornar-se “mais inclusivo, próspero, saudável e autossustentável”.
Estes elementos fazem parte da estratégia da USAID e vão guiar “todas as novas atividades” a desenhar em “apoio ao Governo e ao povo de Timor-Leste”, considerou.
Por seu lado, o embaixador dos Estados Unidos em Díli, Kevin Blackstone, afirmou que este pacote de apoio vai ser alargado até 2025.
Desde 2001, os Estados Unidos canalizaram para Timor-Leste assistência ao desenvolvimento no valor de mais de 350 milhões de dólares (287,7 milhões de euros).