Depois de o país ter recebido um primeiro lote de 160 mil vacinas oferecidas pelo consórcio Covax, liderado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Executivo está em conversações para adquirir as vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas pela Rússia, disse ontem, em Luanda, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.
“Como acontece em vários países, a vacina Sputnik V está aprovada, é segura e estamos a trabalhar entre Governos para adquirir esse produto. Neste caso, como as conversações são feitas a nível bilateral, o preço de compra é mais baixo em relação a outros procedimentos. Em princípio, o país vai pagar 9,9 dólares por cada vacina Sputnik V”, explicou a governante durante a conferência de imprensa de lançamento do plano de vacinação.
Em relação à vacina de origem russa, não foram adiantados mais pormenores sobre o número de doses que serão adquiridas, nem quando estarão disponíveis no país. Também estão a ser analisadas outras opções (da Pfizer, Johnson & Johnson, a vacina chinesa, entre outros) com recurso a fundos próprios.
Sobre o plano de vacinação contra a Covid-19, que já foi iniciado, a ministra da Saúde explicou que a primeira fase prossegue já amanhã, sábado, nas províncias com mais casos positivos e casos activos da doença (Luanda, Benguela e Cabinda).
O objectivo central é reduzir a mortandade, o número de casos novos de Covid-19 e reabrir a economia para melhorar os indicadores sociais e de bem-estar.
“As duas fases de vacinação podem levar alguns meses até serem concluídas. Ou demorar até 2022 para chegar a todos os cidadãos que devem receber a vacina. Não queremos voltar aos indicadores de Outubro e Novembro do ano passado, onde perdemos muitas vidas e registámos um alto nível de infecções. O vírus pode tornar-se pior e também não queremos uma variante angolana”, frisou a governante.
No total, o Governo prevê vacinar cerca de 17 milhões de angolanos em duas etapas. Numa primeira fase, serão priorizados os cidadãos com 40 anos ou mais. Até final de Julho, o país conta receber 12,8 milhões de doses da vacina desenvolvida pela AstraZeneca até final de Julho.
Leia mais em Jornal de Angola