Os Estados Unidos pediram nesta quinta-feira aos países do G-20 que aumentem a ajuda aos países pobres para melhorar o acesso às vacinas contra o coronavírus, como forma de estimular a economia mundial
Num e-mail enviado aos seus colegas à margem da reunião virtual do G20, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, observou que o seu país está comprometido com uma campanha de vacinação eficaz e abrangente para a sua população, mas exortou os países a irem além das suas fronteiras.
“Peço aos países que aumentem a sua ajuda”, disse Yellen, que sustentou que “um programa de vacinação rápida que seja verdadeiramente global será o estímulo mais forte que pode ser dado à economia mundial”.
No mundo, o processo de vacinação é desigual e há dúvidas sobre o fornecimento das vacinas. Na quarta-feira, o vice-diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa, apoiou a declaração das vacinas contra a covid-19 como um “bem público global”.
A secretária norte-americana do Tesouro defendeu que “sem acesso às vacinas, muitos países de rendimentos baixos sofrerão trágicas perdas de vidas e um atraso desnecessário na sua recuperação”.
Na carta, Yellen defendeu que os países do G-20 mantenham os planos maciços de estímulo à economia atualmente em vigor e evitem retirar a ajuda muito cedo.
A secretária opinou ainda que o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial devem continuar a ser os atores preponderantes para superar a crise económica gerada pela pandemia.
Yellen argumentou que, sem mais ações internacionais para apoiar os países mais pobres, há o risco de uma divergência perigosa e permanente na economia global e afirmou que instituições como o FMI e o Banco Mundial “devem continuar a desempenhar um papel no financiamento da resposta sanitária global”.