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“Agir depressa e drasticamente.” Marcelo não quer políticos vacinados antes de prioritários

Chefe de Estado garante que “ainda vamos a tempo” de travar a escalada da pandemia, mas avisou que é tempo “de fazermos todos, poderes públicos e portugueses, mais e melhor”.

O Presidente da República decretou esta quinta-feira a renovação do estado de emergência em Portugal até 14 de fevereiro, para permitir medidas de contenção da Covid-19, e defendeu que é preciso agir depressa e drasticamente, não deixando de comentar a vacinação de titulares de cargos políticos.

“Se for verdade que, desta vez, a vaga começou a Ocidente e Portugal é dos primeiros e não dos últimos a sofrer a pandemia, então é preciso agir depressa e drasticamente”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, numa comunicação ao país.

Contra a insensibilidade e a negação do vírus ou do estado de emergência, Marcelo notou que nada disso “resolve a multiplicação dos mortos” ou os tempos de espera às portas dos hospitais.

A partir do Palácio de Belém, em Lisboa, o chefe de Estado acrescentou: “É esse o sentido das medidas hoje mesmo tomadas ao abrigo do decreto [do estado de emergência] que assinei logo após a autorização da Assembleia da República”.
“Temos de ser mais estritos, mais rigorosos, mais firmes no que fizermos e no que não fizermos: ficar em casa, sair só se imprescindível e com total proteção pessoal e social. Só assim será efetivamente viável testar a tempo e rastrear os possíveis infetados, diminuindo a disseminação do vírus”, apelou.

Sobre a vacinação de políticos ou titulares de cargos de grande relevância, o Presidente da República declarou que “ninguém, de bom senso, quereria fazer passar centenas, ou um milhar, de titulares de cargos políticos ou de funcionários, por muito importantes que fossem, à frente de milhares de idosos com as doenças mais graves e, por isso, da mais óbvia prioridade.”

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