Os contribuintes angolanos subvencionam o consumo de combustíveis em países vizinhos, afirmou a ministra das Finanças de Angola, Vera Daves de Sousa, numa videoconferência organizada pelo pelouro que dirige e a Universidade Católica de Lisboa
A ministra anunciou no encontro, consagrado ao tema “Angola: As reformas estruturais para o crescimento económico”, estar-se a ponderar o momento mais ajustado para a retirada das subvenções que, segundo cálculos mais recentes, custam ao país 1,3 mil milhões de dólares por ano.
De acordo com a ministra, o contrabando de combustíveis suscitado pelos preços baixos é prejudicial para a economia nacional, urgindo travar esse negócio bastante fértil nas regiões fronteiriças.
Na ocasião, explicou que o programa Kwenda representa a estratégia do Governo de atribuir subsídios directos às famílias vulneráveis em substituição dos indirectos, que são dados por via dos preços dos combustíveis e outros.
Aclarou ter sido já nesta perspectiva que se eliminaram os subsídios a preços na energia e na água, respectivamente. “O Executivo está certo de que este é o caminho”, disse. Segundo a ministra, o Governo quer retirar as ineficiências de determinadas actividades e não tem dúvidas que a subvenção introduz ineficiência às empresas, pois esforçam-se menos e repousam à sombra dos subsídios.
Como prejuízo, citou o facto de o sector privado não se sentir incentivado a entrar em certas actividades, pois quer agir por livre iniciativa e sem a lentidão, às vezes, da máquina do Estado, com o pagamento de subvenções.
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