A maior rede televisiva da China vai promover Macau como um lugar “seguro de Covid-19”, para atrair maior número de visitantes chineses durante as épocas festivas que se aproximam, como o natal, fim de ano e ano novo chinês.
A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau, Ao Ieong U, confirmou o programa de promoção, reforçando a imagem de que “Macau agora é muito seguro”, referindo-se ao facto de não se registar casos de Covid-19 no território desde 26 de junho.
Aliado ao programa, serão organizadas várias atividades nos últimos dois meses do ano, entre as quais o Grande Prémio de Macau, o Festival da Gastronomia e vários outros eventos espalhados pela cidade de forma a dinamizar “os setores da construção civil, da restauração, do comércio por grosso e a retalho, da publicidade etc, o que é significativo perante a desaceleração económica”, acrescentou.
Estas iniciativas têm como objetivo incentivar a entrada de visitantes chineses no território, de quem a economia de Macau muito depende. Após a reabertura dos vistos individuais e de grupo da China continental para o território no dia 23 de setembro, suspensos desde o início da pandemia, o Governo esperava que a semana em torno das celebrações do Dia Nacional da China (a chamada “Semana Dourada”) pudesse ajudar as perdas na capital mundial do jogo, em crise devido às restrições fronteiriças e à ausência de turistas.
Em setembro, chegaram ao território 449.085 visitantes, mais 97,7% que em relação a agosto. Apesar disso, se comparamos com setembro de 2019 o número de visitantes desceu 83,8%.
A Televisão Central da China (CCTV), assim como outros meios de comunicação social e até celebridades do interior da China, vão estar no território “para apresentar, no local, os grandes eventos e as atrações turísticas da cidade”, detalhou Ao Ieong U.
Macau registou 46 infetados, mas não tem nenhum caso ativo nem detetou qualquer surto local, foi dos primeiros territórios a sofrer o impacto da crise económica motivada pela pandemia da Covid-19.
As restrições fronteiriças e as medidas preventivas quase paralisaram a economia, cujo motor é o jogo, com os casinos a registarem prejuízos sem precedentes.
A autoridade tem vindo a público afirmar que o desconhecimento da não obrigatoriedade de quarentena de 14 dias por parte de muitos potenciais visitantes chineses tem sido um dos problemas para que o turismo no território tarde em arrancar.