O embaixador de Portugal na China afirmou ontem que o Governo de Macau lhe garantiu que não teve qualquer interferência no encerramento súbito da exposição da World Press Photo, que incluía fotografias de protestos em Hong Kong.
“Eu abordei essa questão com várias autoridades locais. Foi-me absolutamente assegurado que não houve interferência por parte das autoridades locais”, disse José Augusto Duarte, numa conferência de imprensa de balanço da visita a Macau, durante a qual se reuniu com o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, e secretários.
O diplomata português não especificou quem lhe deu essa garantia.
A exposição da World Press Photo, organizada em Macau há mais de uma década pela Casa de Portugal, foi inaugurada a 25 de Setembro. Devia estar patente até 18 de Outubro, mas encerrou de forma repetina, por ocasião do 1 de Outubro, Dia da Implantação da República Popular da China.
A notícia foi avançada pela TDM-Rádio Macau que apurou que o fecho antecipado pode ter estado relacionado com a exibição de fotografias dos protestos em Hong Kong.
A mostra é patrocinada pelo Governo, através da Fundação Macau, cujo presidente, Wu Zhiliang, negou à TDM-Rádio ter havido qualquer pressão junto da Casa de Portugal que justificou o encerramento antes do previsto com “problemas de gestão interna”.
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